Estar na Pele da Bruli: Página 06
É tempo de faxinar as amizades
Hoje eu não tenho muita coisa pra dizer se não desabafar e abrir meu coração, se não uma reflexão e decisão bem atual que estou fazendo: quero falar sobre a importância da gente arrumar um tempo livre nos nossos dias pra ficar quietinha na sua própria companhia e fazer um balanço interno de quem somos e quem queremos ao nosso lado, especialmente quando você está com a cabeça cheia, trabalhando bastante e com muita coisa nova e diferente acontecendo na sua vida; eu tenho me sentindo esgotada! Dizem por aí que atraímos companhias que ressoam com a nossa energia, se é verdade ou não, não sei, só sei que está na hora de fazer rompimentos nas relações falsas.
O tempo é a joia mais rara e preciosa que temos, tudo o que dedicamos tempo e atenção, dedicamos automaticamente também amor, escuta e carinho. essa experiência de você conseguir se escutar e se lapidar, muitas vezes, vem da vivência da quietude e do silêncio. Nesses momentos, é importantíssimo o detox para se limpar da referência de tudo e todos e deixar o seu ser mais verdadeiro emergir.
Esses últimos tempos eu ando bem atenta as companhias que eu tenho à minha volta ou quem eu trago pra dentro da minha casa… nem todas elas podemos chamar de amigas ou colegas. Me decepcionei grandão com algumas pessoas que eu sentia que eram minhas amigas mas que o tempo e uma série de fatores que você vai coletando e prestando atenção aos sinais, provam que não são confiáveis. Confiar na sua intuição, que geralmente vai te apontar um caminho mais verdadeiro, tem sido uma das melhores táticas que ando usando. E tem que ter no mínimo uma certa paciência nesse processo, às vezes vamos duvidar da nossa intuição em relação às "amizades" que temos à nossa volta; e mais tarde vamos ver que a pulguinha fazia total sentido. E outras vezes, em algumas relações, vamos precisar nos esforçar um pouquinho pra entender que a amizade tem o seu próprio tempo de fortalecer e florescer. Fui entendendo com o tempo também que você tem vários tipos de companhias: não dá pra exigir que uma amiga faça absolutamente tudo com você. Algumas dá pra desabafar de um jeito mais profundo; outras companhias são pra sair e se divertir; outras você pode contar de verdade em todos os momentos da sua vida; outras você vive o jogo raso do social; e outras você corta mesmo da sua vida, porque já não ressoa mais. Amizades interesseiras ou que me cobrem atenção no jogo do ciúme eu não quero mais, isso é bem tóxico! Quando algo se quebra se transforma em cacos, e isso machuca. É tempo de viver novos ciclos e algumas companhias são só interesseiras mesmo e fingem que gostam de você, mas no fundo estão querendo beber, como sanguessugas, do status que você oferece por natureza, só por ser quem você é mesmo… daí, o melhor é se afastar. Mas vou continuar nutrindo um carinho e respeito por aquela pessoa e aquela relação que já foi mais profunda e hoje em dia não é mais.
Eu acho minimamente curiosa a leitura de que precisamos sim das pessoas ao nosso redor; o ser humano é um ser sociável, mas eu ando cada vez mais antissocial e sem um pingo de vontade de interagir com tudo e todos, não sei se a pandemia me trouxe esse abacaxi ou se já era assim e só fortaleci esse padrão. Se eu já não confiava em muita gente, agora piorou... outra coisa que eu percebi é que gosto de me encontrar socialmente com algumas pessoas, fazer reuniõezinhas e tudo mais... mas muito estímulo, muito barulho ou a própria companhias de pessoas que querem ficar se provando o tempo todo ou dizendo o quanto elas são foda, tem se tornado um grande pé no saco pra mim. Daí eu prefiro de verdade ficar sozinha, porque aí eu sei (ou estou aprendendo) lidar comigo mesma.
Reflexãozinha do coração: se você tem amizades que te cobram, que distorcem as coisas que acontecem, que não te escutam, que te fazem fazer coisas que não ressoam no seu coração ou no seu corpo, isso não é uma amizade verdadeira! A amizade precisa vir pra somar, pra que você consiga se tornar melhor, se observar e trocar naturalmente com a outra pessoa… tudo o que foge disso você também pode fugir. Fique atenta ao seu corpo e a sua intuição, eles não mentem.
***
Bruli Maria
Se declara uma cuidadora do planeta, apaixonada por gatos e multi-artista, trabalha como: atriz, dj, modelo, taróloga, micro-influenciadora e terapeuta; e agora se aventura no universo da escrita também por aqui. Mora na mata atlântica de Nazaré Paulista, o que a permite uma escuta profunda com a vida e com a natureza.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.