Estar na Pele da Júlia Bergman: página 02
Que Deus tire de mim essa vontade louca de não viver, essa vontade de desistir.
O que acontece quando desistimos?
Quando desistimos de verdade, quando o nosso corpo não reage mais a nenhum estímulo, quando aquela pequena esperança se vai como o vento.
Às vezes sonho com um mundo onde não exista essa corrida louca para conquistar coisas não essenciais, onde cada um percorra o seu caminho no seu tempo. Juro que agora tenho vontade de saltar dessa janela que estou olhando profundamente e que está a me chamar com uma voz suave. E me sinto totalmente tentada a me entregar, me render completamente a esse desejo.
Que dor no peito eu carrego, as marcas da vida foram profundas demais, e a culpa é pior que qualquer outro sentimento que tenho. Culpa por ter permitido, culpa por permitir que me tocassem desse jeito, culpa por aceitar que fizessem do meu corpo um objeto, culpa por não ser livre no meu próprio corpo.
É melancólico esse texto, mas é a realidade de uma mente perturbada, uma mente que mente, mente o tempo todo para conseguir se manter acordada, mente alegria e sorrisos.
Imagino que também seja difícil para as outras pessoas que não sabem que ela é de mentira, que esse sorriso lindo é falso, que ela é pura escuridão e tristeza. Mas porque agora, porque ninguém nunca percebeu, talvez seja porque você minta muito bem ou talvez porque as pessoas só veem o que querem ver.
Adeus!
Olá, sou a Júlia e esse é o meu diário aberto, obrigada por sua curiosidade em saber quem sou! Aqui é onde compartilho um pouco das minhas loucas experiências, conflitos, dores e alegrias.
Brasileira morando em Portugal, de alma leve e coração cheio.
Com a mente sempre aberta para novas descobertas.
Dedico-me a passar cada dia com respeito, carinho e afeto depois de superar uma grande depressão e ter recuperado a incrível vontade de viver.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.