O que pensa e sente um suicida?
No Brasil, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia e, praticamente, 100% dos casos estão relacionados às doenças mentais. O tema ainda é visto como tabu, mas todos nós podemos atuar na conscientização da importância que a vida tem, falando sobre o assunto para pessoas que talvez estão passando por uma crise, e incentivando que busquem ajuda de um profissional da saúde como psiquiatra ou psicólogo.
Mas o que passa na cabeça de uma pessoa que comete suicídio? O que ela pensa e sente? A desesperança ou expectativas negativas para o futuro é algo comum em pessoas suicidas. Há uma falta de sentido da vida e a crença de que seus problemas nunca se resolverão, por isso a ideia de suicídio passa a representar um alívio para a situação que está vivenciando.
Seus pensamentos são: ”Eu sou um incompetente”; “Não consigo lidar com as coisas”; “Não sou atraente”; “Não tenho o que oferecer”; “Sou um fardo”; “Não mereço viver”;"Eu não tenho nada a esperar, as coisas nunca vão melhorar"; "Não consigo suportar a vida, jamais poderei ser feliz"; "Eu sou um peso para os meus familiares, é melhor que fiquem sem mim"; "Eu me sinto infeliz e só tenho uma saída".
Com esse padrão de pensamentos, o indivíduo não consegue considerar outra saída a não ser acabar com a própria vida, acreditando ser o único meio para lidar com seus problemas sem solução.
Outra técnica utilizada é o Kit de Esperança ou Caixa de Primeiros Socorros Emocional, que funciona como um auxílio para a memória, contendo itens significativos como fotografias, cartões postais, poemas, textos religiosos ou objetos que lembram aos pacientes de razões para viver, podendo ser acessado em momentos de crise.
Portanto, lembre-se que agir salva vidas. Convencer alguém sobre a importância de buscar um tratamento pode ser um processo lento e não muito fácil. Se você precisa de ajuda, entre em contato com CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo número 188 ou pelo site https://www.cvv.org.br/. Para mais informações sobre o assunto e outros temas relacionados à saúde da mente, confira nosso site e redes sociais.
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Ricardo Milito
Diretor Científico do Instituto Bem do Estar. Psicólogo e administrador com experiência no segmento organizacional e projetos sociais. Curioso, observador e disposto a ajudar as pessoas buscarem respostas para suas questões. Acredita no potencial do ser humano.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.