BEM DO ESTAR NA QUARENTENA | Como lançar um olhar não binário para enxergar a pandemia? | Blog Flavia Andrade
Então, podemos dizer que na visão dos filósofos clássicos, o “ser alguma coisa” tem o nome de identidade. Sendo que, cada pessoa/coisa tem a sua própria identidade e nada (algo ou indivíduo) tem a mesma identidade. De acordo com esse raciocínio, é lógico afirmar que o dia não é noite. Para o mundo ocidental, existe uma necessidade prática ou pedagógica neste tipo de classificação, que gera até uma apreensão do mundo que nos cerca, pois a vida diária a educação e o controle social dependem dessa prática.
Durante muitos anos esse foi um tema muito abordado por mim, em rodas de conversas e até sessões de terapia. A filosofia oriental somada à Psicologia Positiva foi onde encontrei as principais bases do meu entendimento atual. Os orientais não diferem o dia e a noite; o dia gera a noite e vice e versa – é uma transformação que ocorre, muitas vezes, sem nem nos darmos conta. Estamos falando de uma unidade que é o dia, composta de 24 horas e períodos diurnos e noturnos que são interdependentes. Do mesmo modo, não diferenciam, também, protestantes e católicos; negros ou brancos; heterossexuais e homossexuais; ou qualquer tipo de segregações, que excluam os seres humanos ou elementos da natureza.
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