Pedindo ajuda

Existem passos que você pode adotar agora mesmo para não agir de acordo com seus pensamentos suicidas. Todo mundo é diferente, então, é sobre encontrar o que funciona melhor para você. Aqui estão algumas dicas práticas que outras pessoas acharam úteis quando se sentiram suicidas:

Passo 1

Fique em Segurança

Jogue fora qualquer coisa que você possa usar para prejudicar a si mesmo ou peça a alguém para tirar para você.

Entre em contato. Diga a alguém como você está se sentindo.

Se você não puder falar com alguém que conheça, entre em contato com Centro de Valorização da Vida (188 - linha sigilosa e gratuita em todos os estados brasileiros) ou se preferir falar por chat.

Passo 2

Encontre técnicas de enfrentamento

Segure um cubo de gelo em sua mão até que ele derreta, e concentre-se na sensação que ele te passa;

Rasgue algo em diversos de pedaços;

Tome um banho muito frio.

Passo 3

Preste atenção

Concentre-se em seus sentidos. Ter tempo para pensar sobre o que você pode cheirar, provar, tocar, ouvir e ver pode ajudar a fundamentar seus pensamentos.

Firme sua respiração. Respire profundamente; respirar por mais tempo do que você respira pode ajudá-lo a se sentir mais calmo.

Cuide de suas necessidades. Evite tomar drogas ou beber álcool, pois isso pode fazer você se sentir pior. Se você puder: pegar um copo de água, comer alguma coisa se estiver com fome, sentar em algum lugar confortável e anotar como está se sentindo.

Saia. Se você está se sentindo entorpecido, sentir a chuva, o sol ou o vento contra a pele pode ajudá-lo a se sentir mais conectado ao seu corpo.

Passo 4

Desafie seus pensamentos

Encontre suas razões para viver. Você pode sentir que o mundo estará melhor sem você ou não há sentido em viver, mas este nunca é o caso. Você poderia:

• Escreva para o que você deseja, seja comer sua refeição favorita, ver um ente querido ou assistir o próximo episódio de um programa de TV.

• Faça planos para fazer algo que você goste amanhã ou no futuro próximo. Planos não precisam ser grandes nem caros.

• Pense nas pessoas que você ama. Não importa o quanto você esteja se sentindo mal, é importante lembrar que essas pessoas sentiriam sua falta.

Acima de tudo, seja gentil com você mesmo.

Faça o que você acha que pode ajudar a superar esses pensamentos. Pode ser algo pequeno como tomar um banho, envolver-se em um cobertor e assistir ao seu filme favorito. Essas idéias podem parecer bobas, mas pode ser fácil esquecer de fazer algo legal para você.

Diga a si mesmo que você pode passar por isso. Repetir para si mesmo que você pode superar esses sentimentos pode ajudá-lo a recuperar a esperança e se concentrar em passar por isso.

Faça um acordo consigo mesmo que você não vai agir hoje. Planeje receber apoio se você não estiver recebendo suporte.

Como ajudar

As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que você pensa: dizem que se sentem sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e, consequentemente, veem a vida e futuro de maneira negativa. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal, comportamental ou por meio de desenhos.

Passo 1

Converse

Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para conversarem. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.

Você também pode indicar a linha sigilosa para apoio emocional - Centro de Valorização da Vida:  188 (gratuita em todos os estados brasileiros)

Passo 2

Acompanhe

Fique em contato para acompanhar como a pessoa está se sentindo e o que está fazendo.

Passo 3

Busque ajuda profissional

Incentive a pessoa a procurar ajuda profissional de serviços de saúde, de saúde da mente, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento em Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde), CAPS e serviços de emergência (SAMU 192, UPA 24h, Pronto Socorro e hospitais).

Passo 4

Proteja

Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa.

Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa.