Estar na Pele da Marcela: Página 02
A DESCOBERTA DO MEU BURNOUT – parte 02
Olá, como você está? Independentemente da sua resposta, que tal começarmos com um momento de relaxamento antes de continuar a leitura de como continua a minha história? Bora? Então, vamos lá! Quero te convidar a fazer uma pausa, afaste-se de quaisquer distrações, faça um instante de silêncio e foque na sua respiração. Desacelere sua mente neste momento, escute o seu corpo, inspire contando até 4 segundos, segure a respiração por mais 4 segundos e expire soltando a todo o ar com a mesma contagem. Repita esse procedimento por 3 vezes.
E ai, tudo Bem? Então, agora que você está mais relaxado(a), vamos continuar?
Conforme eu contei no texto anterior, não foi fácil aceitar o diagnóstico do Burnout, afinal após passar pelo psiquiatra, tive que frear bruscamente, ser parada a força, porque a minha saúde precisava disso, tive que me mostrar vulnerável e isso não é fácil, ainda mais pelo cargo que ocupava no trabalho. Eu não queria que a minha equipe me visse dessa forma.
O primeiro afastamento, dado pelo psiquiatra, foi de 10 dias. Esses dias foram muito difíceis, porque não recebi o acolhimento adequado por parte da empresa, tive que me adaptar a mediação que o psiquiatra prescreveu e passei muito mal até acharmos a medicação mais eficaz.
Nos últimos dias de atestado, tive uma crise de pânico terrível por imaginar que teria que voltar ao ambiente que me adoeceu e não estava devidamente preparado para me receber. Infelizmente, ainda é um tabu para sociedade lidar com esse cenário, e sinceramente algumas empresas não estão devidamente preparadas de como proceder nessa situação. Foi, então, que no retorno ao meu psiquiatra, ele me deu mais um diagnóstico: estresse pós-traumático, sugeriu um afastamento por um tempo maior ou que eu me desligasse da empresa.
Surgiram muitas dúvidas na minha cabeça, mas foi quando eu aprendi a ouvir a Deus com sabedoria que consegui chegar no primeiro passo para buscar a cura. Quer saber o que eu escolhi? O desligamento do trabalho. Tive medo? Sim, muito. Afinal, precisamos de dinheiro para sobreviver e sabia que a minha renda cairia muito quando me desligasse da empresa. Eu tinha liberdade para sugerir mudanças no ambiente de trabalho e sugeri a implantação de medidas focadas para o bem-estar mental todos os colaboradores, eu fiz isso bem antes do meu primeiro afastamento, mas nunca fui ouvida. Foi então que escolher o desligamento se tornou uma tarefa fácil, pois não era minha escolha, ficar num ambiente que não valorizava e respeitava a vida de seus colaboradores.
Hoje posso dizer que foi a melhor decisão que tomei, tive assistência de uma ótima advogada, que me ouviu e me acolheu, ela me ajudou cuidar de tudo, afinal quem tem cabeça para lidar sozinho com algo tão difícil nessas horas? É necessário ter o apoio de profissionais qualificados para te ajudar nesse momento.
Hoje, ainda me encontro em tratamento, mas escolher cuidar de mim, foi, sem dúvidas, a melhor escolha que fiz na vida, afinal cuidar da mente é cuidar da vida! Sei que ainda tem muito chão pela frente, tenho que seguir o tratamento, mas tudo isso tem feito eu olhar cada dor, cada sintoma, como uma forma do meu corpo falar. Percebi que ele me conta muita coisa: lugares que devo evitar, pessoas das quais devo me afastar, hábitos que preciso mudar.
A diferença é que agora eu estou aprendendo ouvi-lo. E você? Tem ouvido seu corpo? Evite que aquele stress de trabalho se transforme em algo mais sério! Saúde mental importa!
Lembre-se você não está sozinho(a), sinta-se acolhido(a) e abraçado(a) por mim, estamos juntos nessa jornada em busca de uma vida mais leve e feliz. Fique à vontade para me procurar nas redes sociais, ficarei feliz em te conhecer. Beijos e até a próxima!
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Marcela Reis
Curiosa e aspirante por tecnologia e inovação, formou-se em Direito, mas não se via advogando. Buscou especialização nas carreiras inovadoras do mundo jurídico e se encontrou na Controladoria Jurídica. Após anos trabalhando no cargo de liderança e ter adoecido por Burnout, teve que fazer uma pausa para cuidar da saúde física e mental. Durante esse período descobriu a paixão pela escrita e pela área de Gestão de Pessoas.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.