Estar na Pele da Adriana: Página 05

MUDANÇAS


De acordo com a medicina, nosso corpo é programado para realizar constantes mudanças, com o objetivo de nos adaptarmos às novas realidades.

Como exemplo, as chamadas dores de crescimento que ocorrem na infância e adolescência, seriam o corpo se preparando para lidar com essa nova etapa da vida. 

Nos jovens, o ritmo de renovação celular ganha um compasso mais acelerado do que na idade adulta com o mesmo objetivo, se preparar para o que ainda virá.

Na maturidade, temos o melhor cérebro, o “top de linha mais equipado” para resolver os desafios e as complexidades dos acontecimentos que demandam essa época.

E é na terceira idade onde o corpo continua performando em pleno funcionamento, graças à sua capacidade estrutural de reserva funcional.

Não sou “da área biológica/médica”, mas, partindo dessa perspectiva bem simplista, fica meio óbvio que mudanças são frequentes e necessárias em nossa vida celular, certo?

Então porque é tão difícil admitir que a constante em nossa vida é a mudança? 
— .

Porque acredito que uma mudança não deve ser lembrada sob uma perspectiva nem negativa ou positiva. 

Sob as duas óticas, acabaremos condicionando ou por apagá-las (se positiva) ou ter aversão (se negativa). 

Penso que uma mudança talvez seja maior do que o conceito de positivo ou negativo. 

Ela traz em si a “maravilha do desconhecido” e se enquadrarmos no conceito acima, a maravilha acaba se esvaecendo. 

Mesmo porque, nada é eterno. Para as coisas boas e as coisas ruins.

Uma mudança é uma mudança e ponto.

Ela nos transforma, nos difere do que já fomos, e então, evoluímos. 

Inclusive, as pequenas e as mais simples mudanças, também fazem uma grande diferença.

Dependendo do caso é claro, deveríamos estar mais atentos a cada mudança que passamos. 

Atualmente, tento internalizar e se conscientizar de cada uma delas, como um rito de passagem. 

E se não concordo com certas mudanças que a vida impõe, tento mudar.

Que delícia que a mudança seja constante não é mesmo!  

Quer um exemplo? Cabelos brancos nas têmporas. 

Claro que se você for um quarentão vai ficar super charmoso, mas no meu caso, os cabelos brancos fazem questão de nascer em tufos laterais, e se traduz em retoques de tintura quinzenais que acabam com a “naturalidade” das minhas luzes. 

Sim, minha vaidade fala mais alto. 

E enquanto ela tenta gritar na minha orelha, tento resgatar na memória as ciladas que não caio mais por conta das experiências que a idade acumula. 

E me sinto muito bem com elas. E abraço minhas histórias, e as minhas vivências.

E incluo nesse abraço os meus cabelos brancos (inclusive a das têmporas, mas pintadas é claro…rs).

***

Adriana Katsutani Lerner

Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini. Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.

Adriana Katsutani Lerner

Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini.

Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.

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