Estar na Pele da Joice: Página 04
Entre metas e objetivos, existe você
Há alguns anos, anoto em uma caderneta as minhas metas e objetivos para o ano seguinte. Consequentemente, ao fazer isso em meados de novembro e dezembro, eu faço uma análise do que consegui conquistar e o que ficou no papel.
Como já estamos no final de 2022, pensei que seria interessante rever o que eu escrevi há quase um ano. Entre os quinze tópicos anotados (sim, coloco em tópicos), destaco alguns:
Fortalecer a minha fé;
Cuidar mais da minha saúde mental;
Escrever mais;
Continuar na terapia;
Ter mais paciência e me cobrar menos;
Encontrar mais meus amigos;
Aproveitar a minha família;
Lembrar que sou humana.
Ao escrever este texto, neste momento, me encontro com os olhos repletos de lágrimas. Não porque conquistei tudo, longe disso, mas pelo fato de ter tentado, pelo menos um pouco, alcançar esses desejos.
Este ano (que ainda não acabou), especificamente, não foi nada planejado e tampouco calculado. Foi um período de “vai e tenta” ou “se der errado, muda a rota”. Entre tantas mudanças, de trabalho e de vida, acredito que a principal - e que eu sigo tentando - é escutar um pouco mais o que estou sentindo.
Eu gostaria de dizer que eu venci, associando a palavra vencer com “superei todos os meus medos e já não são mais problemas reais”, mas eu sinto, dia após dia, que a luta para se manter bem, mentalmente e fisicamente falando, é diária. E não é sobre vencer, mas sobre escolher viver.
Tem dias difíceis, não vou negar. No entanto, na mesma proporção que a vida te faz aprender um pouco com a dor, ela também te acolhe e te faz lembrar o quanto é bom continuar. São novas pessoas que chegam ou simplesmente você notar que está respirando com um pouco mais de leveza.
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Joice
Tia da Duda e da Ana, comunicóloga, relações públicas por formação, ama fotografar pessoas e plantas, escreve para se encontrar e é uma mulher em busca de sanidade há muitos anos. Acredita no poder das pequenas e boas ações e que o amor é a chave para um mundo melhor.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.