Estar na Pele da Adriana: Página 07

FAÍSCA

Viajei para a praia no último feriado, a fim de pegar “aquele bronzeado” (só que não, rsrs..) e fugir um pouco da chuva, já que a temporada de chuva que costumeiramente vem em janeiro resolveu antecipar sua presença por aqui.  

Percebi que estava com saudades de contemplar o mar, caminhar na areia, e até confesso que bateu aquela vontade de me deitar na areia olhando para o sol, e fazer aquela “milanesa” que todo paulista vez ou outra faz rsrsrs…(me desculpem novamente meus conterrâneos paulistas, mas estamos aqui juntos na alegria e na tristeza rsrs…) 

Na ida tudo correu maravilhosamente bem, mas na volta, o desafio de manter a frequência zen budista num trânsito de 5 horas foi grande.

Ao passar pela estrada de mão dupla que permeia as praias, os carros iam saindo um a um, como uma procissão, e a fila que já estava aparentemente longa, se tornou um “cordão” de automóveis à perder de vista. 

Nessa hora onde “não tem para onde correr”, começo a analisar onde fui “amarrar meu burro” e fazer as teorias do “E se”. 

“E se” tivéssemos saído mais cedo, “E se” voltássemos na segunda de madrugada, “E se” não voltar… teorias que vão se formando em nossa mente que só geram frustrações e arrependimentos. 

Foi daí que percebi estar quase caindo nessa cilada “nuvenzinha preta”, que se forma em minha mente, já a ponto de “aguar” toda a maravilha dos acontecimentos do fim de semana.

Os momentos de risada e descontração com a família, o bate papo gostoso no barzinho do mirante cravado na pedra e com vista pro mar, com direito a petiscos e bebida gelada, o barulho e o cheiro do mar, a onda gelada e salgada que bate nos pés e nos afunda na areia, sensações tão boas e revigorantes, que num segundo podem esvaecer da nossa mente para dar lugar ao estresse do trânsito e ao cansaço físico, a ponto de se “materializar”  como uma faísca, pronta para acender uma discussão, um bate boca, ou coisa pior.

Penso que na nossa mente também há uma batalha de pensamentos, e nessa hora, lembrei daquele ditado indígena dos dois lobos.

Dentro de mim existem dois lobos, o lobo do ódio e o lobo do amor. Ambos disputam o poder sobre mim. E quando me perguntam qual lobo é vencedor, respondo: o que eu alimento.


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Adriana Katsutani Lerner

Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini. Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.

  




Adriana Katsutani Lerner

Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini.

Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.

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