Estar na Pele do Willian Gustavo: Página 03

Perdoe-me (SE PERDOE)

Ser gentil é um ato de moralidade que é direcionado mais para o contexto social, mas será que ser gentil deve ser apenas feito para os outros? Será que devemos dedicar nossos esforços apenas para outras pessoas?
Com certeza devemos ser gentis com os outros, pois todos merecemos esse ato de bondade para estabelecermos uma comunicação e interação adequada socialmente e no particular com alguém. Porém, gentileza não é apenas social, ela também é pessoal! Nomeada como autogentileza, prática que, nada mais é, um ato de ternura que respeita os próprios limites do mais profundo âmago do ser individual no seu todo. Agora questiono-lhe, você pratica esse ato de autocuidado? Você já praticou em algum momento? Se não fez, não se preocupe! Assim como você, eu também não fiz, e não é culpa sua nem minha, nem da sociedade, isso vem de  não termos parado para nos dar o mínimo que merecemos. E acabamos nos acostumando sem essa atenção, e por que isso acontece? Eu não sei sobre todas as formas disso acontecer, mas contarei da minha parte.

“A minha história não foi tão simples, assim como a de muitos, sou um jovem que tem experiências diferentes e talvez complexas.”

Em um resumo rápido, fui abusado aos meus 5 anos, passei boa parte da minha vida escondendo todas as minhas dores e consequentemente sofrendo bastante, na escola, em casa, na rua com os amigos e com a família, eu me sentia sujo como se tudo o que eu era fosse um ato libidinoso, e conforme eu ia entendendo o mundo eu ia me sentindo cada vez mais sujo, e me punia por ser assim, não era culpa das pessoas ao meu redor por não me entenderem (claro que houveram muitos atos maldosos nesse percorrer, mas me refiro as que tentavam me ajudar sem saber o problema e acabavam me prejudicando). E nesse ponto, entro com a falta que me fez a autogentileza. Eu estava tão deprimido com a minha pessoa, que constantemente me deixava de lado para dar atenção aos outros e claro isso me fez mal, esconder as minhas dores para chorar sozinho, me destacar como um sorriso perante todos, e como um sofrido no escuro, mas a culpa não é minha por isso, tempos depois comecei a me entender melhor, e me tratar de forma adequada, claro que não sou de aço, mas tento constantemente melhorar!
Nós não somos feitos para o mundo, no caso somos colocados no mundo, a nossa realidade deve ser respeitada por nós mesmos, muitas vezes não nos damos a atenção, não somos gentis com nossos corações, me machuquei muito por ser apenas eu, me auto sabotei, me coloquei para baixo, e várias e várias vezes me machuquei, porque eu não aceitava quem eu era.

“Existe uma linha tênue entre social e pessoal, autogentileza não é ser egocêntrico, é saber curtir a própria presença, é ser o pôr do sol e admirar seu próprio brilho, é ser uma borboleta que quebra parabrisas, é acordar presente e dormir bem acompanhado.”

Como diz o filósofo Søren Kierkegaard “A personalidade de um homem só está madura quando ele encontra sua própria verdade.” Isto é, Quando buscamos a nós mesmos, não nos limitando a nenhuma dor, ou sofrimento, quando aprendemos a compreender e conviver com sigo mesmo, entendemos nossas limitações, nossas verdades, nossos princípios, não se refere à figura masculina apenas, mas a um contexto geral. Outro frase interessante, vinda de Jesus Cristo que ele ressalta “amarás o próximo como a ti mesmo” só que neste caso, invertemos a frase para, amarás a ti mesmo como o próximo, temos dado tanto valor a aprovação dos outros que esquecemos que não precisamos de aprovação, precisamos amar a nós, simples porém tão complicado de fazer, fomos tão machucados que desaprendemos a respeitar a nós mesmos, Minha mãe interpreta a frase de Jesus como “antes de amar o próximo como a ti mesmo, ame a ti mesmo, assim será capaz de amar o próximo!”.

Sabendo disso, o que faremos para nos cuidar? o que precisamos para redimir tanto tempo de sofrimento? como faremos para nos permitir se PERDOAR? Isso já não vem de eu responder a você, e sim de você abrir o seu mapa interior e começar a explorar sua vastidão de pensamentos e emoções!

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Willian Gustavo

Gosto de ser realista, que vê todas as possibilidades, não só as ruins, ver situações que parecem ser fantasia como um céu divino que dá destaque às estrelas.

Eu era pessimista e preferia a solidão, me via num poço sem saída e que minha única opção era morrer. Então, em um dia triste, eu olhei para meu interno e com força gritei que não suportava mais ser submisso às escolhas dos outros, que me atingiram. Portanto, mudei minha vida, a direção da vela deste barco está voltada para o horizonte e não mais abaixada!

Eu pretendo ajudar o máximo de pessoas possíveis com minhas palavras e pretendo ser um grande psicólogo algum dia, espero que goste de minhas escritas!

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