Mindfulness: desacelerar para ver mais... de si
Pausa é convite ao pouso gentil da mente
Que se espalha em revoadas.
Redemoinhos. Trovoadas.
Pausa é ninho.
Conexão em que me habito.
A consciência faz morada.
Poemas têm sido um novo espaço pelo qual tenho me expressado e hoje compartilho com vocês um pouco do meu vivenciar o mindfulness (conhecido como “atenção plena”). Jon Kabat-Zinn define mindfulness como “a consciência que emerge quando prestamos atenção, momento a momento, com propósito e sem julgamentos”.
Percebe que a todo momento surge a palavra “consciência”? Mindfulness é sobre isso, nos colocarmos num estado de consciência que permita ampliar a percepção de tudo que estamos vivenciando no nosso mundo interno no momento presente e tratarmos com gentileza o que for observado. É como se fotografássemos as sensações e movimentos que habitam nosso corpo, nossa mente, nossas emoções nesse agora. Trata-se de investigarmos e nos conectarmos com os diversos âmbitos do nosso ser, explorarmos a complexidade da experiência humana mais vívida. E isso pode ser feito a qualquer momento, lugar e situação, por qualquer uma de nós, pois a ferramenta necessária para essa exploração somos, tão somente, nós mesmas.
E não estou aqui falando de um papo good vibes nem de impor a si um estado de positividade a qualquer custo. Falo de nos permitirmos sentir tudo o que a vida nos traz, seja gostosinho de sentir ou não. Claro que não é confortável entrarmos em contato com sentimentos difíceis como raiva, tristeza, ansiedade, frustração e outros. Muitas vezes reagimos a partir do domínio dessas emoções sobre nós - quantas vezes reagimos a partir da nossa raiva e depois nos arrependemos? Gritamos com nossos filhos, damos uma resposta torta pro nosso colega de trabalho, depois nos sentimos culpadas e nos flagelamos mentalmente. Outras vezes, não olhamos para esses sentimentos, não acolhemos nem damos espaço para que nos transmitam as mensagens necessárias e isso nos afasta de nós mesmas, reduzindo as chances de encontrarmos caminhos que efetivamente cuidem de nós e das nossas relações. Ambas as atitudes (sermos dominadas pelas emoções ou reprimi-las) nos causam ainda mais dor (ainda que no primeiro momento pareça que obtivemos algum benefício ou alívio da tensão), resultando em relações deterioradas e, como evidenciam pesquisas recentes, transtornos de saúde emocional e mental. Não precisamos chegar a esse ponto crítico pra buscar ajuda e, ainda antes disso, pra sermos ajuda pra nós mesmas. Então, o que podemos fazer?
Quando tomamos consciência do que nos mobiliza internamente e acolhemos com gentileza esse sentir (ainda que desconfortável) nos tornamos casa e o primeiro porto de segurança emocional para nós mesmas. Fazer esse balanceamento das emoções permite que possamos escolher com mais autonomia como lidar com cada situação, ao invés de reagir a partir do domínio dessas emoções sobre nós ou fugir delas. Nós carregamos em nosso próprio corpo ferramentas que nos guiam nesse caminho – é o que eu chamo de corpo-mapa - e o mindfulness nos apoia a acessar essas ferramentas.
Pausar com a intenção de desacelerar o ritmo automatizado ao qual nos habituamos e de colocar a atenção nas sensações e movimentos presentes em nosso corpo, mente e emoções. Convidamos nossa curiosidade a explorar cada uma dessas sensações e movimentos como se estivéssemos olhando para nós pela primeira vez – e talvez seja isso mesmo que vá acontecer.
Na minha prática pessoal escolhi o mindfulness no modelo neurocognitivo, ou seja, que se baseia em fundamentos da neurociência e da psicologia cognitiva, pois com ele aprendi não só como fazer essas pausas intencionais, como também entendi os pontos chave que são trabalhados no nosso cérebro para desenvolver de maneira mais eficaz minha habilidade de balanceamento emocional e fortalecimento da minha capacidade de escolha diante de cada situação a partir de um estado de autoconsciência plena e gentil. Atualmente, tenho a honra e alegria de ser instrutora essa metodologia, habilitada a ensinar essas práticas e compartilhar esse saber com outras pessoas.
Tudo isso nos permite desfrutar de todas as nuances de cores que a vida oferece, fortalecendo nossa capacidade de sair do modo automático e reativo, cheio de julgamentos e desconexão ao qual estamos habituados e que não nos traz os resultados que desejamos. Ao desacelerar conseguimos ver mais sobre a nossa paisagem interna e externa e retomamos o poder de escolha para traçar as rotas que queremos percorrer.
Workshop de Pausa
O Workshop de Pausa é realizado dentro das diretrizes do programa de mindfulness no modelo neurocognitivo – Body in Mind Training©, com a intenção de apresentar práticas fáceis de serem incorporadas no dia a dia, fundamentadas em princípios da neurociência que apoiam os participantes a compreenderem como essas práticas geram os benefícios buscados na atenção plena, especialmente as habilidades de autoconsciência corporal e mental no momento presente, regulação emocional e flexibilidade cognitiva.
O Workshop de Pausa será online via plataforma Zoom e acontecerá nos dias:
🔸1o encontro: 20/09, 3a feira das 19h às 21h
🔸2o encontro: 22/09, 5a feira das 19h às 21h
🔸3o encontro: 29/09, 5a feira das 19h às 21h
O novo valor do seu investimento é de R$ 220,00.
LEMBRANDO:
Você aprende e colabora com a promoção e prevenção da saúde da mente! Como?
💛20% do lucro obtido com as inscrições será destinado para nossas ações do Bem do Estar.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.