Sexualidade Integrada por Danielli Malini
As receitas para um bom sexo são inumeras, tais como: você já experimentou o Kama Sutra com suas inúmeras posições, ou você já vestiu o arsenal de roupas para sedução. Estereotipamos tanto o ato sexual e não o tratamos de forma integral como ele deve ser.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) faz a seguinte definição do que constitui a sexualidade humana: “Entende a sexualidade como sendo influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais”.
A partir dessa definição como imaginar a mente, as emoções, o biológico e todo o contexto de vida que permeia esse ser humano fora da saúde sexual. Não dá para continuar agindo como se existisse um único vilão: somente as crenças, ou somente o corpo.
O sistema da sexualidade é uma grande teia que foi emaranhada com diversos nós para trazer doenças, culpas, obrigações normativas que agradem aos seus ditadores, ao invés de trazer saúde e bem estar. A história do nosso país é longa, repleta destes nós que vem de longa data, podemos observar no princípio da colonização do Brasil, havia um forte controle sobre a expressão e vivência da sexualidade, onde o medo era a estratégia utilizada pelos colonizadores para extrair confissões e denúncias sobre a vida privada do cidadão, sob pena de excomunhão, exclusão e não pertencimento. Levando conflitos mentais e submissão de sua própria vida em função da maior busca do Ser Humano que é o desejo de ser amado e pertencente.
Infelizmente esse sistema de repressão, medo, julgamento, condenação e inadequação continua até os dias de hoje presente em nossa sexualidade. Cada um que deseja expressar sua sexualidade de “forma diferente” dos padrões aceitos pela sociedade ainda sofre os mesmos padrões de repressões, exclusões e julgamentos. Crimes são cometidos em razão de muitas pessoas não conseguirem compreender ou até mesmo aceitar o “diferente”. No consultório ouço relatos sobre jovens gays que foram assassinados nas ruas, transsexuais agredidos no seu próprio seio familiar, descriminação no trabalho, na religião.
Pode ser que tenha sido algo pequeno, um ex-parceiro(a) que desmerecia o seu desempenho sexual, uma educação muito rigorosa, a religião, até mesmo seu parto, pode contribuir com sua desenvoltura na saúde da sua sexualidade.
Parto? Sim o parto. O momento do seu nascimento, de chegada ao mundo. Faz toda diferença a forma como somos recebidos. Imagine você chegando no mundo com seus pais se amando com intimidade afetiva e sexual. Um ambiente com respeito e amor. Eu diria que você chega com amor e prazer. Agora imagine de outra forma. Você chegando com pressão da equipe de parto, invadindo e cometendo violências obstétricas. Sua chegada no mundo pela dor e sofrimento. Sua resposta ao mundo será completamente diferente
Mas você não está fadado ao fracasso em sua trajetória de vida. Porém o processo de psicoterapia corporal pode ajudá-lo a transformar sua experiência de vida no maior potencial de realização e bem estar no mundo.
Danielli também foi nossa convidada no podcast Cuide Bem do Seu Estar confira aqui sua participação
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Danielli Malini
Psicóloga e Doula
Terapeuta especialista em psicoterapia corporal, após mais de 20 anos estudando e aplicando uma série de técnicas e abordagens, hoje me dedico a ensinar outros terapeutas e também doulas a se conectarem de forma única e genuína com seus clientes, para que possam gerar resultados mais rápidos e efetivos, além de lhes proporcionar muito mais segurança e continuidade nos atendimentos.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.