Estar na Pele da Adriana: Página 12
ESSÊNCIA
Se você morresse nesse exato momento, o que levaria consigo?
Se a morte te desse uma oportunidade de se despedir, de quem seria?
Fiquei divagando sozinha, num quarto de UTI, enquanto enfermeiras entravam e saiam, aparelhos ligados e luzes piscando…
O combo solidão+situação de risco te faz ter pensamentos intensos do tipo tudo ou nada, morte e vida.
Penso no meu pai. Um acidente fatal o impediu de fazê-lo. Digo, de se despedir, de se preparar para o que virá… mas quem realmente está preparado?
Sim, a coragem de viver e enfrentarmos a beleza do desconhecido, do que nos encanta e emociona, do que nos faz sofrer e do que nos faz feliz, tudo junto, misturado, ao mesmo tempo, nessa confusão e caos maravilhoso que é viver, dá trabalho, mas vale muito a pena.
O espiral sagrado de nascer, viver e morrer, nos choca quando nos deparamos com a última instância, mesmo sabendo que tudo é um ciclo, que o nascer nos condiciona a morrer.
Então, decidi fazer do meu nascer algo que valha a pena viver. E morrer. Sim, porque todos morreremos um dia. Mas no caminho, vou desfrutar de todos os sonhos que eu puder realizar.
***
Adriana Katsutani Lerner
Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini. Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.