Estar na Pele da Jenny: Página 01
Será?
Será que em algum momento eu não serei mais dependente dos meus lembretes para tomar água, ir ao banheiro ou almoçar?
Será que em algum momento terei disposição para atividade física e não sentirei mais esse cansaço que extrapola o meu ser? Será que em algum momento eu vou conseguir ter uma rotina de autocuidado?
Será que em algum momento, naturalmente, eu perceberei que já passou do horário e preciso parar de trabalhar? Será que em algum momento eu não me sentirei mal por sair do trabalho no horário previsto ou por não dar conta da lista imensa de tarefas?
Diariamente eu preciso lidar com a realidade de que aquela Jenny de antes da Burnout não existe mais. Para o bem e para o mal. Diminuição da capacidade laboral e dificuldade de concentração são algumas das sequelas que eu lido. Em contrapartida posso dizer que hoje eu me conheço um pouco mais, mesmo dependente de post-its e alarmes, estou aprendendo a reconhecer meus limites.
Espero que eu encontre respostas para todos esses "serás" que ocupam a minha mente o tempo todo. Espero que a ansiedade e o medo em relação ao trabalho se estabilizem e que coisas simples como lembrar de tomar água, seja natural para mim.
Tem dia que eu estou radiante e tem dias que se eu pudesse, como hoje, permaneceria entorpecida na minha cama.
Mas eu não vou desistir. Um dia eu vou ficar bem.
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Jenny Queiroz
Cristã, apaixonada por livros, séries e música. Em processo de autodescobrimento e recuperação da síndrome de burnout.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.