Estar na Pele da Marcela: Página 07
Os machucados doem, mas quando descobrimos o remédio certo, a cura vem.
Olá, como tem passado?
Hoje eu gostaria de vir compartilhar com vocês, uma reflexão que tem sido tema frequente nas minhas terapias.
Quem tem ou teve Burnout sabe o quanto sofremos com essa dor e o quanto é difícil passar por todo esse processo, pensando nisso, gostaria de trazer aqui essa reflexão, porque tem me ajudado muito entender todo esse processo que venho passando.
Sabe quando a gente era criança e levava aquele tombo feio ao ponto de deixar em carne viva e doía pra caramba? Inclusive doeu aqui só de lembrar kkkk Então, quando acontecia isso a gente corria chorando até os nossos pais e, eles sempre mandavam a gente lavar com água e sabão, e isso ardia muito e principalmente, depois, quando passava merthiolate (aquela versão antiga que manchava a pele de vermelho, quem lembra?). Aquele machucado levava dias para cicatrizar e às vezes a gente se esquecia e acabava batendo ou esbarrando ele em algum lugar, que fazia soltar a casquinha que formava e às vezes até sangrava. Tempos depois, aquela casquinha caia e a pele começava a cicatrizar, quase sempre deixava uma pequena marquinha ou cicatriz, mas aquilo já não doía mais, apenas virava uma história.
Agora, comparando esse tombo, com quem tem ou teve Burnout, é que o machucado pode ser visto como a sua relação com o ambiente tóxico de trabalho, que te gerou uma dor e um sofrimento horrível. Quando a gente procura ajuda, é quando a gente passa a entender que aquele problema tem uma solução e que “lavar” é o melhor remédio para cicatrizar aquela ferida, se desligando/saindo daquele ambiente. E mesmo quando a gente sair, ainda sim, vamos ter nossos momentos de altos e baixos, por isso a importância de manter o tratamento. Lembre-se muitas vezes ainda vamos esbarrar aquele machucado em algum lugar, que nos fará lembrar do trauma que vivenciamos e esses podem ser considerados como os famosos gatilhos (quando a gente lembra do que nos causou aquela dor), mas depois que a casquinha cair, apenas vai ficar uma cicatriz, que vai marcar a gente com uma história que nos gerou um aprendizado enorme. E você, vai ver que esse aprendizado mudará a sua vida para melhor, assim como tem sido na minha.
Por isso, é tão importante que você avalie o ambiente de trabalho que está, considere se é possível fazer mudanças no ambiente atual ou se é necessário procurar um ambiente de trabalho mais saudável. Aprenda a estabelecer limites. Aprenda priorizar-se e não tenha medo de falar alguns “NÃOS”. Eu engoli muitos “NÃOS” que viraram um Burnout e, hoje eu vejo a importância de saber falar essa palavra tão pequena que nos gera tanto medo, MAS SALVA A NOSSA VIDA. E você tem conseguido falar alguns nãos e o que te incomoda em determinadas situações? Isso tem sido libertador para mim. Faça essa experiência e me conta depois!
Lembre-se que você não está sozinho(a), sinta-se acolhido(a) e abraçado(a) por mim, estamos juntos nessa jornada em busca de uma vida mais leve e feliz. Fique à vontade para me procurar nas redes sociais, ficarei feliz em te conhecer. Beijos e até a próxima!
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Marcela Reis
Curiosa e aspirante por tecnologia e inovação, formou-se em Direito, mas não se via advogando. Buscou especialização nas carreiras inovadoras do mundo jurídico e se encontrou na Controladoria Jurídica. Após anos trabalhando no cargo de liderança e ter adoecido por Burnout, teve que fazer uma pausa para cuidar da saúde física e mental. Durante esse período descobriu a paixão pela escrita e pela área de Gestão de Pessoas.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.