Estar na Pele da Adriana: Página 14
REAL
A palavra real pode ter a interpretação de algo que descende da realeza, ou (segundo minha preferência), ser de verdade, ser palpável e concreto, ser autêntico e genuíno.
Porque os valores atuais estão tão deturpados, que a sua cor (não importa qual seja), tem mais importância do que o seu caráter, “se encaixar no padrão de gênero e sexual” tem mais força do que a sua escolha pessoal de gênero e opção sexual… e assim lá se vão as suas verdades….
E como sobreviver nesse planeta chamado desigualdade?
E a cada obstáculo que se apresenta, resgatar à mente que cada um de nós somos originais sem direito a cópia, preciosos, únicos.
Então eu me cuido, me valorizo e me amo.
E defendo o meu direito de ser.
Pessoas que são e estão diferente do padrão da maioria, que são consideradas “minoria”, “nicho”, são as CORAJOSAS pessoas REAIS.
Fazem a revolução e proporcionam a evolução nesse mundo.
Porque vão contra a maré, apesar do cansaço e esforço individual de caminharem só.
Mas persistem e prosseguem, porque sua força individual de querer “ser quem eu sou e de estar onde estou” como dizia a “realeza” Rita Lee, acaba tendo um impacto gigantesco no coletivo.
E assim a humanidade se beneficia a partir de um ato individual, pois cresce, evolui, se expande.
Ser LGBTQIAPN+ é ser real.
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Adriana Katsutani Lerner
Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini. Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.