Estar na Pele da Joice: Página 11
Quando você escreve?
A minha mente não para. A minha primeira psicóloga, a qual me ajudou no começo da descoberta do Transtorno Obsessivo Compulsivo, sempre me dizia: “você tem a síndrome do pensamento acelerado”, trata-se de uma dificuldade em relaxar, acalmar e organizar a mente.
Confesso que não sou uma pessoa fã de diagnósticos como processo de apresentação, até por acumular alguns transtornos, mas o pensamento acelerado me afeta bastante. Estou sempre acelerada. Costumo comer palavras, formular frases incompletas e acumular listas de coisas que desejo fazer.
A verdade é que pensei em tantas páginas para escrever, como sobre o dia que fui caminhar com os meus pais, sobre as mudanças na vida, sobre projetos que almejo construir, sobre as histórias que chegam até mim.
Comecei páginas matinais, um exercício do livro “O caminho do artista”, o qual também não finalizei, mas parei. O processo de escrita é deixar fluir. É deixar acontecer. Mas, por vezes, adiamos esse momento. Se escutar, às vezes, requer coragem.
A pergunta que não quer calar é: do que estou fugindo? O que não quero escutar? O que não desejo processar?
São várias as respostas, a insegurança, infelizmente, sempre está ao meu lado. As expectativas me causam medo. A estabilidade me deixa atenta para encontrar o que está instável.
Escrever é preencher as lacunas. Por isso, essa é a minha página de hoje. Sobre esse processo que me faz tão bem, mas que, com uma certa frequência, deixo para depois. “Vou lidar com esse sentimento daqui a pouco”.
Acontece que a vida é agora. Não se escutar é pedir para o corpo gritar. Por isso, a minha pergunta é: quando você escreve?
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Joice
Tia da Duda e da Ana, comunicóloga, relações públicas por formação, ama fotografar pessoas e plantas, escreve para se encontrar e é uma mulher em busca de sanidade há muitos anos. Acredita no poder das pequenas e boas ações e que o amor é a chave para um mundo melhor.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.