Estar na Pele da Joice: Página 13
Tempo, vai devagar
Há alguns dias, estava navegando pelo meu Instagram quando me deparei com um post de aniversário de um bebê em que a mãe dizia assim: “tempo, vai devagar”. Olhei para as minhas sobrinhas, Duda e Ana, 17 anos e 10 anos respectivamente, e pensei: “tempo, vai devagar”.
Recentemente, o meu pai completou 70 anos. Celebrei e pensei: “tempo, vai devagar”. Em julho, faço 28 anos. “Tempo, vai devagar”.
A verdade é que a vida acontece agora e o agora às vezes passa e a gente nem percebe. Provavelmente, a minha avó, que hoje tem mais de 90 anos, já se questionou sobre a velocidade do tempo ou até mesmo sobre a forma que aproveitamos o tempo.
Será que realmente estamos valorizando o presente que é cada dia? Ou será que a vida é sobre isso? Viver e às vezes perceber que estamos vivendo.
Não sei se existe uma resposta certa, mas certamente o desejo do tempo ir devagar está atrelado a um bom sentimento, a um amor, a uma memória ou até um apego.
Querer voltar no tempo é um desejo de muitas pessoas. Viver o presente com a presença é o de outras.
O futuro, em alguns momentos, me dá medo. Talvez seja a minha personalidade controladora. Não saber o que me espera, aperta o meu coração.
“O meu desejo, hoje, não seria para o tempo ir devagar. Mas seria para respeitar o meu tempo e, consequentemente, os meus sentimentos.”
Seja lá qual for a sua relação com o tempo, viva.
Cuide-se.
***
Joice
Tia da Duda e da Ana, comunicóloga, relações públicas por formação, ama fotografar pessoas e plantas, escreve para se encontrar e é uma mulher em busca de sanidade há muitos anos. Acredita no poder das pequenas e boas ações e que o amor é a chave para um mundo melhor.
*As opiniões expressas na coluna Estar na Pele não refletem diretamente as posições editoriais do Instituto Bem do Estar, são baseadas nas experiências dos colunistas e suas versões do fato, sendo a ideia da coluna um diário aberto onde autores podem expressar suas experiências de forma genuína se aproximando dos leitores.
Apenas um desabafo criativo de um escritor frustrado, na perspectiva de seu eu lírico