Estar na Pele da Marcela: Página 10
Ressignificando a vida
Oi sumida(o), como tem passado? Eu sei, eu é quem ando sumida por aqui e peço desculpas por isso! Durante os últimos meses, aconteceram muitas coisas, que inclusive me fizeram voltar aqui para compartilhar com vocês alguns dos aprendizados que tive.
Hoje, a reflexão é sobre a palavra RESSIGNIFICAR. Alguma vez você já procurou o significado dessa palavra tão mágica e capaz de mudar as nossas vidas? No dicionário, ressignificar: “é um verbo transitivo que caracteriza a ação de atribuir um novo significado a algo ou alguém”. Profundo, né?
Parece que a gente só presta atenção nessa palavra, na maioria das vezes, quando passamos por algo muito difícil, já parou para perceber? E isso não é tão ruim assim, pois temos a certeza que é preciso passar por certas coisas para tirarmos algum aprendizado, e está tudo bem (mesmo que às vezes a gente não entenda). Quem nunca passou por algum problema ou dificuldade, que atire a primeira pedra! Mas, calma lá, vai devagar pra não machucar ninguém! (risos)
Nos últimos meses, muitas coisas aconteceram na minha vida (quem me acompanha nas redes sociais vai entender essa parte, mas quem não estava por lá, adianto que passei por uma cirurgia de urgência recentemente), além do tratamento contínuo para Síndrome de Burnout. Durante esse meu período de afastamento, por conta de cirurgia, muita coisa saiu do porão que eu tenho dentro de mim. Nesse porão, foram guardadas muitas coisas, traumas que jamais tinha percebido o quanto me afetavam e, hoje graças a terapia, tenho conseguido reorganizar esse porão com uma bela faxina. Estou jogando fora o que não deve mais permanecer por lá e ressignificando algumas coisas que mantive trancada por muitos anos.
Atualmente, tenho tratado com a psicóloga e a psiquiatra, um transtorno que jamais achei que fosse me afetar tanto: TRANSTORNO COMPULSIVO POR COMPRAR. Sim, esse bichinho me picou e se manifestou, principalmente quando estava no ápice do Burnout, eu via a compra como uma forma de aliviar toda aquela dor que eu estava sentindo, mas depois, aquela válvula de escape, virava motivo de desespero e frustração. Eu perdi completamente o controle de tudo e então, aquelas compras viraram um gigante iceberg de dívidas.
O que não imaginava, era que com tudo isso a história do filme Titanic viria a se repetir, só que de uma forma diferente, pois o grande iceberg aqui são as dívidas acumuladas e, o Navio era euzinha, tentando lutar para não bater no iceberg e afundar, por mais que eu saiba nadar, não queria morrer em alto mar (aqui entenda-se cheia de dívidas).
Com o meu afastamento devido a cirurgia, isso se agravou, afinal, sabemos que um afastamento pelo INSS, pode nos gerar uma queda na renda. Em um determinado momento me vi dentro daquela água gelada de um mar infinito, lutando para sobreviver, já não podia sentir qualquer esperança, até que jogaram um colete salva vidas pra mim (era Deus, na minha crença), de repente me vi encorajada para levar essa situação para terapia, e foi de lá que descobri que existem ambientes e pessoas que nos acolhem sem julgamentos. Aprendi que aquela situação tinha uma solução e poderia contar com o apoio das pessoas que amo e me amam.
Eu ainda não resolvi a minha situação por completo, mas estou no caminho, e ressignificar neste momento tem me mostrado o que realmente importa pra mim na vida, qual o meu propósito, quem eu desejo que esteja comigo me apoiando, e principalmente criando a consciência de que embora precisamos de dinheiro, ele não tudo na vida, eu sei você vai falar ao contrário, porque com dinheiro a gente pode fazer muita coisa, mas quando temos as pessoas certas do nosso lado isso é muito mais valioso!
Pra mim, ressignificar tem sido esperar, confiar e amar a Deus sobre todas as coisas (e aqui falo com todo o respeito, independentemente da sua crença ou religião), mas acredite, a nossa fé pode nos salvar. Além disso, ressignificar é ter a certeza de que temos que aprender a escolher os(as) nossos(as) parceiros(as), pois são essas pessoas que irão nos salvar quando o Titanic estiver afundando ou ajudar naquela faxina quando o porão estiver aquela bagunça, assim como os amigos, alguns ficarão e estarão lá te ajudando, outros irão partir (e desses últimos, com certeza você poderá tirar o título de amigo).Independente da sua atual situação, quero que se lembre-se não está sozinho(a) e é importante deixar a vergonha e o orgulho de lado.
Obrigada por chegar até aqui, sinta-se acolhido(a) e abraçado(a) por mim, estamos juntos nessa jornada em busca de uma vida mais leve e feliz. Não deixe de buscar ajuda! Fique à vontade para me procurar nas redes sociais (@marcelareiscontroller), ficarei feliz em te conhecer. Beijos e até a próxima!
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Marcela Reis
Curiosa e aspirante por tecnologia e inovação, formou-se em Direito, mas não se via advogando. Buscou especialização nas carreiras inovadoras do mundo jurídico e se encontrou na Controladoria Jurídica. Após anos trabalhando no cargo de liderança e ter adoecido por Burnout, teve que fazer uma pausa para cuidar da saúde física e mental. Durante esse período descobriu a paixão pela escrita e pela área de Gestão de Pessoas.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.