Estar na pele da Juliana Furlanis: Página 02
Explosão de Sentimentos
Após nos colocarmos na posição sensível, de estar na pele, vamos seguir com novas reflexões.
Quando olhamos para nossos sentimentos, sabemos que precisamos ser fortes, para “aguentar” a profunda viagem que é estar consciente sobre eles.
Existem situações que a gente realmente, nem em pesadelos, imagina ou quer estar.
Quando alguém que vivencia o mesmo, antes de nós e tenta nos transmitir algum conselho, consolo ou algo parecido, ainda assim, posso te afirmar que não se trata da mesma pele.
A sensação é tão assustadora, que te paralisa, te faz parar no tempo, no mundo e numa ausência.
É como se a luz da vida se apagasse por alguns incontáveis minutos, que se tornam horas, dias, meses e até anos.
E quando nos damos conta desse apagão, não sabemos como ele aconteceu e o pior, quando começou.
A gente perde a ordem das coisas, desde o iniciar ao finalizar do dia e acender a luz, passa a ser um ato de coragem, doloroso, mas necessário.
Alguns sentimentos começam a tornar-se sintomas, e aguentar novas dores, começa a ultrapassar uma barreira, que passa a ser física e você se sente frágil e sem forças para aguentar qualquer tipo de dor e sensação.
O fato de ter que parar, sem saber que você no fundo você quer, é devastador. A gente segue ali, querendo manter-se firme, por mero engano, pois nessa altura, já não temos mais domínio sobre nossas sensações e precisamos pedir as mais diversas ajudas.
O que eu ainda não mencionei, é que chegar a esses ápices, proporciona uma consciência madura e em um momento, te muda de lado para olhar para a vida.
Colapsar causa dor, demora, mas possibilita ressignificar e por mais que ninguém acredite nisso, você precisa além de acreditar, mostrar que é possível. Devo confessar que até isso cansa, mas como eu não serei a última e não sou a única, uma hora eu acredito que vão olhar para esses sintomas e ouvir essas histórias com mais função protetora, acolhendo quem realmente está nessa pele.
Abraços de luz.
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Juliana Furlanis
Nutricionista, consultora de novos projetos, apaixonada por gente, fotografias e suas reflexões.
Compartilhando experiências vividas com a síndrome de Burnout e as estratégias de como lidar com os tabus existentes nas grandes corporações sobre o assunto.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.