Perfeccionismo e depressão

Eran Menashri/ Unsplash

Você teme cometer erros? É bastante autocrítico? Frequentemente está insatisfeito, lamentando ou ruminando? Seu perfeccionismo o deixa indeciso ou impede de correr alguns riscos? Cuidado, pois o perfeccionismo e o medo podem estar te imobilizando de viver algumas experiências e olhar para as situações de uma perspectiva diferente. Ser diligente pode ser bastante gratificante, mas, às vezes, nossos padrões e expectativas são tão altos que se tornam irrealistas, gerando um frequente sentimento de frustração.

Quando estamos deprimidos, personalizamos os erros, acreditando piamente que, se cometemos um equívoco, a culpa é totalmente nossa. Muitas vezes, gostaríamos de conhecer o futuro antes de ele acontecer e achamos que um erro não é uma inconveniência, mas sim uma catástrofe. Ao falharmos, nos rotulamos de forma extrema e negativa como incapazes, acreditando não conseguir fazer nada direito. 

Errar faz parte do processo de aprendizagem. Não somos capazes de eliminar os erros, mas podemos aprender com eles. Pessoas que tomam boas decisões têm mais facilidade para aceitar uma falha, se recuperam e avançam facilmente. Quando focamos muito nos erros, não percebemos diversas coisas que estão ocorrendo bem. 
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Portanto, gostaríamos de compartilhar algumas dicas para lidar com o seu perfeccionismo de forma mais leve, funcional e positiva.

1 - Perceba que todos cometem erros. Se não estiver convencido, pergunte às pessoas.

2 - Um erro não é o fim do mundo. Pense nos erros que você aprendeu a conviver?

3 - Você não precisa se lamentar dos erros, e sim reconhecê-los e seguir em frente.

4 - Se o perfeccionismo absoluto não está funcionando, pratique a imperfeição bem-sucedida.

5 - Quais padrões está usando para se julgar? Será que não são padrões altos demais e inalcançáveis? Ou até mesmo será que você já não os alcançou e não consegue enxergar ou dar valor para suas conquistas?

6 - Você se sente secretamente orgulhoso de seu perfeccionismo?

7 - O seu perfeccionismo diz que você não é suficientemente bom? Aceite que ser “suficientemente bom” é suficientemente bom.

8 - Desenvolva uma voz interna de bondade, aceitação e autoamor.


A depressão é uma doença recorrente que produz alteração de humor caracterizado por tristeza profunda e sentimento de desesperança. Vale lembrar que qualquer pessoa, independentemente de renda, educação, etnia e gênero, pode ter depressão. Caso você se sinta dessa forma, procure por um psicólogo ou psiquiatra o quanto antes.

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Ricardo  Milito

Diretor do Conselho de Científico do Instituto Bem do Estar. Psicólogo e administrador com experiência no segmento organizacional e projetos sociais. Curioso, observador e disposto a ajudar as pessoas buscarem respostas para suas questões. Acredita no potencial do ser humano. 



Ricardo Milito

Membro do Conselho de Administração do Instituto Bem do Estar e estudante de Psicologia, com experiência em projetos sociais, acredita no potencial do ser humano. Curioso, observador e disposto a ajudar as pessoas a buscarem respostas para suas questões.

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