Sexo e saúde da mente
O assunto é de suma importância para quem deseja viver uma vida plena e feliz, em harmonia com as leis do Universo.
Vou começar apresentando a definição de sexualidade conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS):
“A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Sexualidade não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito humano básico. ”
Quando entendemos a sexualidade como necessidade básica, logo me reporto a pirâmide das necessidades apresentadas por Maslow, que segundo esta teoria, cada indivíduo tem de realizar uma escalada hierárquica de necessidades para atingir a sua plena auto realização. Onde existem as necessidades primárias (básicas) que são as fisiológicas e as de segurança e as necessidades secundárias, que são as sociais, estima e auto realização.
As necessidades fisiológicas constituem a base da pirâmide e correspondem às mais essenciais necessidades do ser humano, ligadas, sobretudo, à sua sobrevivência, como saciar a fome e sede, manter a temperatura do corpo e funcionamento hormonal, qualidade na respiração, sono e digestão, disponibilidade de abrigo, e reprodução sexual – propagação da espécie.
Certa vez, ouvi uma frase de um homem que até hoje reverbera em meu pensamento: o sexo começa na mente, e para um homem estar em paz, a barriga deve estar cheia e o saco vazio.
Totalmente a base da pirâmide, necessidades primárias saciadas, comida e sexo, como entendimento de paz, e pode parecer pouco se pensarmos sobre os próximos níveis, porém, sem a estrutura base firmada, os outros níveis se se sustentam.
Claro que existe diferença entre sexo e intimidade sexual, mas o que é a intimidade, se não o sexo repetido tantas vezes!
Outro homem mencionou: quem troca o óleo roda melhor, no sentido de ter um dia mais produtivo, após o ato sexual.
Um outro disse: quem começa o dia praticando sexo, já começa o dia ganho!
Interessante pensar como o sexo promove o sentimento de conquista, vitória, autoestima, equilíbrio, paz, intimidade, bem-estar, e outras emoções e sentimentos que geram internamente a sensação agradável de amor, tesão, desejo e êxtase.
Quem vive ou viveu esta experiência de êxtase, jamais esquece da sensação de plenitude que o sexo promove.
Talvez você não tenha chegado a este patamar, ainda assim, o sexo com entrega, gera uma conexão, um ambiente que oportuniza aos amantes se amarem, da forma que consideram adequada ao casal e viver a experiência do prazer.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estar com a saúde mental em dia significa ter bem-estar, o qual resulta em uma satisfação em viver e contribuir com o ambiente em que vive. Também consiste em saber administrar as próprias emoções.
Já parou para pensar como a nossa existência depende da relação equilibrada entre corpo e mente? É por isso que os cuidados com a saúde mental são fundamentais para a qualidade de vida e para a prevenção de doenças. “Cuidar do físico-psíquico se torna necessário para uma existência saudável, ativa e potente.
E uma vez mais, a frase que ouvi: sexo começa na mente, faz todo sentido.
Se a mente estiver transtornada, pode até ser o sexo uma válvula de escape, mas não gera intimidade e muito menos o alcance do êxtase, aliás o contrário, este é um ponto em que se a mente não está bem, inúmeras pessoas nem conseguem a relação sexual.
Sexo é vida, literalmente. Sem sexo, não há concepção de vida.
Portanto, amar, beijar, tocar, transar, se entregar ao prazer, viver o gozo pleno na experiência do êxtase, é fundamental para saúde mental!
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Crystiane Faria Feijes
Uma profissional que olha para a mente humana: consciente e inconsciente, as relações intra e interpessoais, a família, a estrutura da formação da psique (traumas, sintomas, dores e doenças), as forças de caráter, saúde mental, sonhos, sucesso, sentido da vida, são assuntos recorrentes nestes 10 anos de atendimentos psicanalítico e sistêmico. E quanto mais ela se coloco a serviço deste algo maior, que envolve a todos nós, mais observa o universo brilhante, e ainda inexplorável que somos.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.