Vamos nos permitir

Para haver um ser humano saudável, existem vários fatores. Alguns especialistas em assistências sociais e áreas médicas, dizem que basta que se tenham as necessidades básicas atendidas, tais como alimento, higiene, moradia, para assim obter pessoas com saúde favorável. Mas a plenitude da saúde física e mental, não está vinculada apenas às questões básicas que mantêm fisicamente o ser humano, já que esse tem uma forma complexa: dividida em corpo, mente e espírito/emocional.

No âmbito da saúde mental, nota-se um universo de questões importantes a serem levadas em consideração. Sopesando as necessidades básicas atendidas, posteriormente é condizente que a pessoa, desde sua infância, obtenha disposição, uma “energia vital” que a permita desfrutar das experiências da vida e adquirir conhecimentos pessoais, do meio e das relações em que está inserida.

Logo no seu nascimento, identifica-se o ser humano segundo a sua mais simples classificação sexual, sexo masculino se há um pênis, ou feminino se há uma vagina. Essa criança então começa a desenvolver seu corpo, mente e também a sua sexualidade, a qual tem em sua composição as histórias, costumes, relações, ambiente e cultura de cada pessoa e de cada época histórica em que está inserida.

Diferencia-se então sexo e sexualidade. Conforme já mencionado, o sexo corresponde à classificação, ou também relacionada ao ato físico sexual. Já a sexualidade em sua amplitude, define-se como uma forma de expressão do sexo. Relaciona-se a diversos fatores e esferas da vida influenciando as escolhas de cada pessoa. Permite obter autoconhecimento para conseguir lidar melhor consigo mesmo, com seus desejos, escolhas e na tomada de decisão do que realmente se tem interesse de vivenciar, sendo item importante para a sua evolução mental e emocional.

Constata-se que o presente tema deveria fazer parte da educação desde a infância, tomadas as devidas proporções de estrutura de linguagem e didática. Dessa forma, no decorrer da vida, a sexualidade pode ser tratada como algo que pertence a natureza do ser humano. Tutores, professores, jovens e filhos deveriam trazer à tona as dúvidas existentes com relação ao tema, por meio de diálogos construtivos com foco no desenvolvimento pessoal de cada um.

É necessário discutir na educação, família e saúde (hospitais, unidades de apoio, entre outros) o tema da sexualidade. Muitos jovens não se reconhecem em seu gênero, não entendem suas sensações, seus desejos, e tornam-se adultos imaturos, desconectados, distantes de seu íntimo, inseguros, amedrontados, muitas vezes até agem com violência no seu ambiente e desenvolvem problemas mentais e emocionais, simplesmente por não se conhecerem, não entenderem como funcionam seus sentimentos e desejos mais íntimos. Conectar-se intimamente com a sua sexualidade pode permitir um autoconhecimento extremamente favorável para o equilíbrio da saúde mental. Vamos nos permitir!

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Carol Roso

Eterna estudante, no momento cursa psicanálise. Desenvolve projetos voltados para o aprimoramento pessoal e interpessoal. Comunicadora formada em relações públicas, dedica-se a entender e auxiliar as pessoas com suas dores e angústias do dia a dia, propondo terapias em grupo e atendimentos individuais. 

Carolina Roso

Eterna estudante, no momento cursa psicanálise. Desenvolve projetos voltados para o aprimoramento pessoal e interpessoal. Comunicadora formada em relações públicas, dedica-se a entender e auxiliar as pessoas com suas dores e angústias do dia a dia, propondo terapias em grupo e atendimentos individuais. 

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