Estar na Pele da Adriana: Página 11
CRIANÇA INTERIOR
O ofício de escrever veio ao acaso. Ou não, pois na formação da área de Humanas (de onde vim), a comunicação é ferramenta fundamental e intrínseca, como o cálculo e a matemática “estão para” um engenheiro. Aqui a regra da equivalência também vale.
Mas nós de “Humanas” somos “ecléticos”, aceitamos todo tipo de comunicação: a escrita, a verbal, a visual/imagética (fotográfica, cinematográfica, entre tantas), a cantada, enfim, a comunicação artística em todas as suas manifestações.
Na escrita, andamos na contramão da trilha que tomamos, para desvendar o significado de um símbolo. Nessa inversão de jornada, usamos, aperfeiçoamos e criamos novos símbolos para “poetizar” nossas ideias e pensamentos.
Estava guardada lá no fundo, junto com a criança interior que todos nós temos, mas ignoramos, negligenciamos e por fim, abandonamos.
E nessa retomada de consciência, resgatei e abracei minha criança interior, e pedi perdão, prometendo cuidá-la e amá-la, ela faz parte de mim, ela sou eu.
De modo que não sei como pude ter criado essa cisão, talvez, por ter sido envolvida nessa teia tão complexa e enigmática chamada vida, e dissolvida na persona adulta de responsabilidades, rigidez, dureza e pragmatismo que o mundo adulto nos exige, e talvez nos condena, ou não.
E independente de valores políticos e temas afins, hoje entendo que é preciso endurecer, mas sem perder a ternura jamais.
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Adriana Katsutani Lerner
Paulistana miscigenada, Comunicadora, ex Marqueteira, tia do Dani, do Pedro e do Vini. Ávida por qualquer tipo de conhecimento, qualquer tipo de cachorro e qualquer marca de café. Ama viajar mesmo que seja somente através dos livros. Valoriza uma boa música, cinema, bate papo, ou seja, as coisas mais simples da vida.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.