Estar na Pele da Marcela: Página 05
Planner: Diário do meu Burnout
A crença de que ter estresse é normal e a cultura de não escutar o próprio corpo são alguns dos motivos, que torna o diagnóstico da Burnout tão complexo, por isso é fundamental trazermos esse tema à tona frequentemente, com a finalidade de conscientizar a todos sobre importância dos cuidados com a nossa saúde.
Assim como aconteceu comigo, muitas pessoas se deparam com sintomas emocionais e físicos sem relacionar que a causa é o trabalho.
Além da complexidade em receber o diagnóstico, existe um grande desafio durante o tratamento, pois não é fácil lidar com os sintomas e entender a nossa mente e o nosso corpo. Por isso, fala-se tanto na importância do autoconhecimento durante o tratamento, para aprendermos a lidar com todas situações na nossa vida.
Quando comecei o tratamento para Síndrome de Burnout, minhas consultas demoravam muito tempo entre uma e outra, dentro desse período aconteciam muitas coisas e quando chegava no dia da consulta, eu não me lembrava de tudo para relatar aos profissionais que me acompanham.
Esse Planner, também, pode auxiliar, as pessoas que ainda não receberam o diagnóstico da Síndrome de Burnout, pois por mais que os sintomas possam estar presentes no seu dia a dia, muitas vezes não relacionamos o problema ao local de trabalho ou sequer relacionamos à essa doença, mas ao anotar as informações, ou seja, cada sintoma, poderá te ajudar a descobrir o motivo da sua dor quando levar ao médico. São essas pequenas doses de atitudes diárias que te ajudarão entender melhor o que está passando e até receber o diagnóstico mais rápido.
Observe a sua dor, tome os cuidados com seu corpo e sua mente e converse com o seu médico para seguir o tratamento ideal para o seu caso! Lembrando que esse material não substitui o tratamento médico!
Como o Diário do funciona?
A primeira página do planner é composta por: uma coluna de sintomas e ao lado temos as colunas com os dias do mês, é necessário que você preencha diariamente o planner, assinalando com um “X” todos os sintomas que surgirem no seu dia a dia, inclusive, pode anotar, também, no campo observação, os sintomas que você não acredita estar relacionado ao Burnout, pois quando levar na sua consulta, o médico poderá analisar melhor o caso.
Exemplo: Eu só descobri o meu Burnout, porque comecei apresentar um problema na bexiga, levantava muitas vezes durante a noite para ir ao banheiro, minha bexiga não relaxava o suficiente, prendia o xixi, o que resultava em quadros de infecção por repetição, anos depois descobrimos que esse problema estava relacionado ao Burnout. Algumas pessoas, também, desenvolvem problema renal, nas articulações etc, por isso é importante você colocar todos os sintomas que aparecerem no seu dia a dia.
Na segunda página, você irá preencher informando quais os medicamentos prescritos pelo seu médico, isso ajudará quando passar por outros médicos e eles perguntarem, também irá preencher os horários da sua medicação, isso ajuda a não esquecer de tomá-la no horário correto e no próximo campo, você irá informar as consultas agendadas no mês. Nesta mesma página, temos, também, 3 campos motivacionais e de gratidão no intuito de te ajudar no avanço do tratamento, por isso não deixe de preenchê-los!
Na terceira página, existe um calendário para você anotar os principais compromissos do mês, como por exemplo: os dias que pratica atividade física, meditação, passeios e viagens, tratamento complementar (no meu caso eu faço fisioterapia pélvica e psicoterapia, então coloco os dias das minhas sessões), e o que mais você desejar colocar.
Faça o download do seu Diário do Burnout, preencha com as informações diariamente e não se esqueça de levá-lo nas suas consultas!
***
Marcela Reis
Curiosa e aspirante por tecnologia e inovação, formou-se em Direito, mas não se via advogando. Buscou especialização nas carreiras inovadoras do mundo jurídico e se encontrou na Controladoria Jurídica. Após anos trabalhando no cargo de liderança e ter adoecido por Burnout, teve que fazer uma pausa para cuidar da saúde física e mental. Durante esse período descobriu a paixão pela escrita e pela área de Gestão de Pessoas.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.