Estar na Pele da Andrea: Página 05
Sei que como mulher, sou mais otimista e sei que as coisas vão melhorar.
Eu consigo ver que estamos falando mais sobre a saúde da mente, mesmo ainda sendo tímida essa conversa e não tão debatida como deveria. Sinto falta de conversas calorosas sobre o assunto. Uma roda de gente interessada em ajudar e aumentar a conscientização sobre o tema.
Nesse mês de março, onde comemoramos as mulheres em todo o mundo, fica o convite para que nos entendam. Que mulher não é só manhosa, chorona e carente.
Desde pequenas aprendemos a fazer várias coisas ao mesmo tempo, o que fica mais difícil de parar um momento, meditar e pensar somente em si. Isso não é nosso normal e o nosso corpo e nossa mente lutam para que voltemos ao “normal”. Acaba que o estresse do dia a dia é o normal para muitas de nós e a culpa vem quando decidimos desacelerar, aproveitar mais a vida e respirar.
Além de tudo isso, temos ciclos que acontecem todos os meses. Não temos o mesmo humor ou energia todos os dias. É uma montanha russa de hormônios que se não aprendemos a nos conhecer, acabamos mais irritadas, pois não entendemos como que ontem estávamos bem e hoje já estamos assim tão desanimadas?
Esses ciclos femininos contribuem para uma saúde da mente mais instável e fraca, pois independente de como estejamos nos sentindo, seja mentalmente ou fisicamente, precisamos estar “em forma” para a família, o trabalho e todos os nossos compromissos.
Na minha adolescência, eu tinha crises de cólicas muito fortes, que me faziam assistir aula de cócoras no chão, de tanta dor que eu tinha. Porém não me lembro disso ser um motivo para faltar aula, faltar um compromisso, pois eu não estava me sentindo bem. Ainda adulta, lembro de várias vezes que precisei comparecer no trabalho, mesmo estando com dores que não justificam, para a sociedade, uma ausência para me cuidar.
Que você mulher entenda, que tem todo o direito de descansar, de cuidar de si, para que então volte para seus afazeres que faz com tanto brilho e garra e que nos enche de orgulho!
***
Andrea Britto
Brasileira-Canadense, mãe, esposa, filha, irmã, amiga, empreendedora e apresentadora do podcast Dose de Energia. Apaixonada por desenvolvimento pessoal, tenho como objetivo de vida espalhar pelo mundo mensagens de inspiração, conhecimento e consciência sobre nossas mudanças e desafios. Acredito muito nas pessoas e que todos nós oferecemos o melhor que temos no momento em que estamos e, por isso, podemos sempre evoluir e então inspirar aqueles que nos observam - buscando assim um mundo melhor.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.