Estar na Pele da Marcela: Página 01

A DESCOBERTA DO MEU BURNOUT – parte 01

Olá, prazer, me chamo Marcela. Estou muito feliz por ter esse espaço aqui na coluna do Instituto Bem do Estar, para poder compartilhar com você o meu diário do Burnout, no intuito de te ajudar a ouvir os sinais que o seu corpo emite, afinal os sintomas são mensageiros, e considero muito importante saber detectá-los. Espero que você possa refletir sobre a importância dos cuidados com a saúde física e mental e consiga organizar a sua rotina para se adaptar a hábitos mais saudáveis.

Hoje, gostaria de começar compartilhando com você sobre a minha jornada até a descoberta do diagnóstico da Síndrome de Burnout. 

Há 2 anos atrás (em 2020), recebi o diagnóstico de Bexiga Neurogênica Hipoativa, ou seja, minha bexiga não relaxava o suficiente para eliminar toda a urina de uma só vez, eu acordava diversas vezes durante a noite para ir ao banheiro fazer xixi e algum tempo depois comecei apresentar muitos quadros de inflamação na bexiga (esses quadros eram muito parecidos com infecção de urina), e sentia muita dor ao ter relação sexual. Passei por diversos médicos, já haviam feito vários exames, me viraram de ponta cabeça, recebi outros possíveis diagnósticos, mas nada de achar a causa ou um tratamento que realmente fosse eficaz. Além desses sintomas, haviam outros, como crises de ansiedade, alergias na pele, muita enxaqueca, exaustão extrema (física e mental), insônia, alterações de apetite e humor, dificuldades para me concentrar, sentimento de incompetência, isolamento social e tinha dias que não tinha forças para levantar da cama e só tinha vontade de chorar.

“Porém, eu não fazia ideia de que todos esses sintomas estariam ligados a Síndrome de Burnout, afinal nas consultas não é tão comum que os médicos nos perguntem se além dos sintomas físicos, apresentamos algum sintoma psicológico, somos nós que temos que relatar tudo a eles e eu demorei para aprender isso.”

Eu já havia tomado tantos antibióticos que nenhum fazia mais efeito. Por diversas vezes pensei em desistir e tentar me acostumar com aquela dor terrível, mas eu sabia que não era normal sentir toda aquela dor frequentemente. Foi graças a minha fisioterapeuta pélvica e a minha família, que resolvi insistir nisso, porque sabíamos que havia algo de errado comigo e tínhamos que descobrir o que era. Minha Fisioterapeuta, havia percebido que meus quadros de inflamação na bexiga se agravavam quando eu estava muito estressada com as coisas do trabalho, sim, além de ser uma ótima fisioterapeuta ela também fazia o papel de psicóloga e conversava muito comigo.

Eu atuava como Controller Jurídico e gerente em um escritório de Advocacia, por ser um cargo de liderança, exigia de mim muitas responsabilidades, eu liderava uma equipe de mais ou menos 7 pessoas. Eu tinha uma rotina muito agitada e só dedicava tempo ao trabalho. Eu não já tinha mais vontade de praticar atividade física, comia mal e dormia mal. Em 2022, a minha fisioterapeuta sugeriu que eu buscasse ajuda psicológica. Foi quando entrei em choque, mas agendei com um médico clínico geral, relatei o que estava acontecendo comigo e tive o encaminhamento para terapia. Eu não queria aceitar, mas foi necessário, o nível de estresse estava muito alto.

Na primeira consulta com a psicóloga recebi o diagnóstico da Síndrome de Burnout, fui muito bem acolhida por ela e fui encaminhada para começar o tratamento conjunto com um psiquiatra, pois seria necessário entrar com a medicação. 

Quer saber o restante da minha história? Vou te contar na próxima página desta coluna!

Lembre-se você não está sozinho(a), sinta-se acolhido(a) e abraçado(a) por mim, estamos juntos nessa jornada em busca de uma vida mais leve e feliz. Fique à vontade para me procurar nas redes sociais, ficarei feliz em te conhecer. Beijos e até a próxima! 

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Marcela Reis

Curiosa e aspirante por tecnologia e inovação, formou-se em Direito, mas não se via advogando. Buscou especialização nas carreiras inovadoras do mundo jurídico e se encontrou na Controladoria Jurídica. Após anos trabalhando no cargo de liderança e ter adoecido por Burnout, teve que fazer uma pausa para cuidar da saúde física e mental. Durante esse período descobriu a paixão pela escrita e pela área de Gestão de Pessoas.