Ser Jovem: Puberdade

Instabilidade, crescimento, medo, coragem, insegurança, confiança, felicidade, tristeza. Mudança. Metamorfose. Todas palavras para descrever um dos processos mais fascinantes na vida de uma mulher, a puberdade. A puberdade vem lentamente, até que de repente olhamos no espelho e não somos mais menininhas e sim mulheres. Pode ser muito assustador passar por isso, pois passamos a ser vistas de uma forma diferente pelo mundo. Ele pode se tornar mais frio, e mais sombrio para nós. Não use roupas curtas! Não seja tão conservadora! Não engorde! Não emagreça demais! Beije, mas não beije muitos! E segue a lista de mais milhares de regras e restrições impostas em nós na adolescência. Além disso, nosso corpo passa por uma completa transformação, e nossa mente também. Essas mudanças servem como grandes desafios, fazendo essa fase da vida muito turbulenta.

Mas, apesar de todos os pesares, eu gosto de olhar para o outro lado da puberdade. O lado onde nós temos a oportunidade de conhecer a pessoa nova em que estamos nos tornando, onde pela primeira vez sentimos as mais fortes emoções como a paixão e o amor, onde criamos nossa própria individualidade e começamos a nos tornar pessoas independentes, e muitas e muitas mais coisas. Minha professora de ioga, uma presença muito importante na minha vida, uma vez me introduziu à uma analogia que me tocou bastante:

Nós somos como um rio, fluindo pela vida. Passamos por águas turbulentas, períodos de seca, e áreas lamacentas. Mas também temos períodos de calma, recebemos bastante água e nos tornamos abundantes, e passamos pelas mais maravilhosas paisagens.
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E dentro deste infinito equilíbrio, apesar de qualquer coisa, nós fluímos.  

E é assim que eu me vejo hoje, passando pelo meio da puberdade, e encorajo todos vocês como eu a se verem assim também. Um grande e poderoso rio, capaz de qualquer coisa, que passa por muitos e muitos obstáculos, mas que não vai parar sua jornada até chegar no mar. 

Jovis Visser/ Unsplash

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Maria

Tenho dezesseis anos, sou pisciana, pratico a ioga, vou bem na escola, tenho vários amigos... Estou esquecendo de algo? Ah, sim; luto com a saúde mental. 
Minha relação com saúde mental começou logo cedo aos 8 anos. Agora, oito anos depois posso dizer, com confiança, que a terapia salvou minha vida. Foi através dela que consegui fazer amigos, me permitir acordar tarde, ir em viagens de escola, e em primeiro lugar, foi através dela que eu me descobri. 
Encontrei o Instituto Bem do Estar com a Manu, uma das minhas amigas mais próximas que divide muitas questões parecidas com as minhas, e cá estamos nós, com nossa coluna para alcançar adolescentes parecidos com a gente através dessa instituição tão bacana e especial!



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Colunista convidada: Silvana Guerreiro