Alimentação e Menstruação: como uma dieta saudável pode ajudar a controlar os sintomas emocionais
A menstruação é um processo natural e pode ser acompanhado por uma série de sintomas físicos e emocionais. Embora muitos desses sintomas sejam amplamente discutidos, a relação entre alimentação e menstruação ainda é pouco mencionada quando se trata de cuidados pré-menstruais. No entanto, o que comemos pode ter um impacto significativo em como nos sentimos durante esse período, como os sentimentos de tristeza, irritabilidade, ansiedade e outras mudanças de humor que podem ocorrer nesse período. Neste artigo, vamos entender a relação entre alimentação e sintomas emocionais da menstruação e concluir que adotar uma alimentação de qualidade pode ser uma ferramenta valiosa para recuperar o conforto e o bem-estar durante o ciclo menstrual.
O contexto cultural em que as mulheres estão inseridas muitas vezes leva a uma simplificação dos sintomas emocionais associados à menstruação, reduzindo-os a traços de raiva e tristeza. No entanto, esses sintomas são muito mais complexos e podem incluir uma ampla gama de emoções e sentimentos. As flutuações hormonais durante o ciclo menstrual podem levar a quadros depressivos, crises de ansiedade, sensações inconstantes de tristeza, desamparo, desesperança, bem como a um desejo intenso de chorar. É importante reconhecer a gravidade e a amplitude desses sintomas para que possamos fornecer o apoio adequado e tomar medidas de prevenção para que esses sintomas não afetem de forma tão intensa a rotina e as relações sociais das pessoas que menstruam.
Compreender a relação entre uma alimentação saudável e um ciclo menstrual equilibrado pode ser um desafio, especialmente quando muitas pessoas associam erroneamente o alívio emocional da TPM a alimentos altamente processados, como barras de chocolate, sorvetes, brigadeiros e balas açucaradas. Essa ideia está profundamente enraizada na mente da maioria das pessoas, , mas a verdade é que esses alimentos fornecem apenas um alívio momentâneo, com consequências negativas a longo prazo para a saúde.
É compreensível o desejo por doces e frituras durante o período menstrual, mas para promover o bem-estar é fundamental fazer boas escolhas e construir uma alimentação baseada em legumes, frutas, verduras, grãos e leguminosas, além de beber água suficiente para manter-se hidratada. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode afetar o equilíbrio hormonal, resultando na intensificação de sintomas físicos e emocionais. Embora não seja errado consumi-los durante ou fora do período menstrual, é importante ter moderação e optar por escolhas melhores para manter um ciclo menstrual saudável e equilibrado.
Bons alimentos para serem incluídos na dieta da pessoa menstruada:
Alimentos ricos em magnésio, como espinafre, amêndoas, abacate, feijão preto e banana, que podem ajudar a reduzir a dor menstrual, fadiga e estresse.
Alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte, queijo, sardinha e vegetais verdes escuros, que podem ajudar a reduzir as cólicas menstruais.
Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, como salmão, sardinha, nozes e sementes de chia, que podem ajudar a reduzir a inflamação e a dor.
Alimentos ricos em vitamina B6, como bananas, batatas, aveia e frango, que podem ajudar a regular o humor e reduzir a irritabilidade durante a TPM.
Alimentos ricos em ferro, como espinafre, feijão e lentilha, que podem ajudar a prevenir a anemia e reduzir a fadiga.
Chocolate amargo por conter flavonoides e magnésio, que ajudam a reduzir a inflamação, inchaço e dores de cabeça.
Águas e chás para manter o corpo hidratado e reduzir a retenção de líquidos.
Esses alimentos trabalham em conjunto para regular os hormônios e manter a saúde física e emocional durante o ciclo menstrual. Além de uma alimentação saudável, é importante combinar atividade física regular e sono de qualidade para promover um bem-estar geral. Se você estiver preocupada com seus sintomas menstruais, é recomendável buscar orientação médica.
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Yasmin dos Santos
Formanda em Nutrição, certificada em Dieta Sustentável pelo Instituto das Nações Unidas, experiente em Educação Nutricional Infantil. Empolgada, curiosa e admiradora de tudo que tenha vida.
Acredita que a educação alimentar é capaz de formar cidadãos conscientes capazes de mudar o futuro do mundo, e que uma boa relação com a comida é o principal pilar para manter uma sociedade feliz e saudável.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.