Dica cultural: série "Pose"
A dica cultural de hoje é de uma série que Pose, retrata com maestria a vivência das minorias: gays, travestis, transexuais e estrangeiros em Nova York nos anos 80.
As protagonistas da recente série do canal Fox e disponibilizada no Netflix: Pose são TODAS mulheres trans que encararam personagens que se assemelham muito com sua própria realidade fora das telas.
Envolvente, marcante, notável e informativa. A trama é predominantemente pautada em cima dos Balls, não tão conhecidos por nós, brasileiros, mas muito famosos nos Estados Unidos. As competições da cena underground LGBT, consistem em apresentações em discotecas, muitas vezes feitas por drag queens, de diferentes tipos e objetivos.
Pose aborda temas sociopolíticos importantíssimos, como o boom do vírus HIV, a pressão social de se adequar a uma estética considerada feminina e a marginalização de transexuais, que experienciavam transfobia dentro da própria comunidade gay. A série também aborda a sexualidade e as cirurgias de mudança de sexo, tendo assim um caráter educativo.
Você já se perguntou por que as pessoas LGBTQIAPN+ quase sempre tem uma diva para chamar de sua? Posso adiantar que esse é, de fato, um fenômeno social comum, que vem de fatores temporais e tem ligação com a saúde mental.
O Projeto Pajubá lançou neste mês um estudo inédito, fruto do trabalho realizado por ONGs da comunidade LGBTQIAPN+ nas cinco regiões do país, revelando uma realidade de desafios, violência, conservadorismo e pouco apoio financeiro.
DSM é a sigla para “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders”, que em português foi nomeado como Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
A LGBTQIAPN+ fobia é uma violação e pode ter consequências devastadoras para a saúde mental e emocional das pessoas LGBTQIAPN+. Ela cria um ambiente hostil e limitante, no qual esse grupo é constantemente marginalizado, humilhado e discriminado.
A liberdade sexual implica, também, acesso a informações, educação e serviços relacionados à saúde sexual e reprodutiva, para que as pessoas possam tomar decisões informadas sobre a vida sexual e cuidar da própria saúde física e mental. É um conceito que envolve respeito pelos direitos humanos, igualdade de gênero e a promoção de relações sexuais saudáveis e consensuais.
A vivência diária da LGBTI+fobia e as dificuldades de acesso aos serviços de saúde mental, especialmente durante a pandemia, foram descritas como desesperadoras para essa comunidade.
Em um mundo que há muito tempo se define por padrões binários de gênero, cresce a
conscientização sobre a diversidade e a compreensão de que a identidade de gênero não se limita a categorias estritamente masculinas ou femininas. No entanto, mesmo com os avanços na luta pelos direitos LGBTQIAPN+, pessoas intersexo, trans e não bináries continuam a enfrentar altos níveis de discriminação – o que tem um impacto significativo em sua saúde mental.
Atualmente muito se fala sobre empatia, escuta empática e para que possamos alcançar seu melhor objetivo é importante termos clareza do que esse “ser empático” significa para que não se torne um caminho de desconexão de nós mesmas, um descuido ou, eventualmente, uma nova forma de opressão.
Chegou uma notificação no celular de Laura! Ela tinha dado match com Lucas.
Desbloqueou o telefone e foi relembrar quem era ele: “ai, o moço bonito dos sonhos, praticamente um príncipe da Disney.”
Queremos gerar conhecimento aplicável sobre a saúde da mente
Alô, alô! Como está por aí? Hoje faço uma pausa nas minhas lamúrias mundanas desta página e dou um “oi” especial à minha querida e orgulhosa comunidade LGBTQIAPN+, propondo uma conversa aberta àqueles não identificados com a comunidade.