Os efeitos positivos da natureza em seu bem-estar mental | A Natureza e a Mente
A natureza tem um significado profundamente enraizado na psicologia que abrange os componentes centrais de nossa existência, incluindo nossos genes. O conceito popular de nutrição da natureza na psicologia do desenvolvimento explora todas as variáveis que moldam e influenciam a relação que nossos mundos, interno (traços de personalidade e fatores genéticos) e externo (ambiente físico em que vivemos), compartilham.
A hipótese da biofilia mergulhou na relação humana com a natureza em 1984. O conceito foi inicialmente usado pelo psicanalista alemão Erich Fromm, que descreveu a biofilia como o “amor por tudo que está vivo”. A ideia de biofilia foi posteriormente expandida pelo biólogo americano Edward O. Wilson, que propôs que a inclinação humana para a natureza tem uma base genética.
1. Estresse e natureza
Um experimento em grande escala conduzido em 120 indivíduos verificou a "conexão da natureza" na redução e enfrentamento do estresse. Cada participante observou visuais de uma paisagem natural ou de um ambiente urbano. Os dados obtidos nesta pesquisa revelaram que os participantes que olharam para a imagem do ambiente natural tiveram pontuações baixas nas escalas de estresse e tiveram melhores batimentos cardíacos e contagens de pulso.
Além disso, os pesquisadores também descobriram que a taxa de recuperação de estresse foi muito maior em participantes que tiveram uma exposição natural do que aqueles que viram ambientes urbanizados. O fluxo deste estudo indicou fortemente o papel que a natureza desempenha na melhoria de nossas condições gerais de saúde mental, incluindo o estresse (Ulrich et al., 1991).
2. Natureza para construir a atenção
O fato de ficar perto da natureza melhora o foco e a capacidade de atenção, foi sugerido na Teoria da Restauração da Atenção por Rachel e Stephen Kaplan (1989). A teoria explica por que ficar perto da natureza nos reenergiza e reduz a fadiga.
3. Crise climática e negação
Um exemplo extremamente significativo da natureza na psicologia humana é a pesquisa sobre crise climática ou mudança climática.
A crise climática e o aquecimento global são preocupações internacionais hoje, e alguns psicólogos argumentam que o impacto da mudança climática é tão vasto e inimaginável que frequentemente optamos por não responder a ele.
No entanto, o efeito da mudança climática na psicologia humana e na saúde mental está bem estabelecido agora. Estudos mostram que as mudanças climáticas ao longo dos anos tiveram um impacto dramático na maneira como pensamos, nos comportamos, decidimos e executamos planos (Lorenzoni, Pidgeon, & O’Connor, 2005).
A Australian Psychological Society forneceu alguns números espantosos. Até o momento desta publicação, eles estimam que 5 a 8% da população dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália nega que a mudança climática esteja acontecendo, enquanto 97% dos cientistas do clima aceitam o fato e estão preocupados com isso.
Por menor que possa parecer a taxa de negação, os pesquisadores sugerem que é o suficiente para criar uma lacuna de julgamento que pode fazer com que as pessoas duvidem de sua contribuição por trás das adversidades climáticas. Não importa a direção que o julgamento tome, é inegável que a crise climática impactou e continuará a impactar as mentes humanas de uma forma ou de outra.
4. Psicologia, Valores e Natureza
Um experimento conduzido com proprietários de terras na Pensilvânia revelou que ficar perto da natureza adiciona um senso de valor em relação a si mesmo, aos outros e à Mãe Natureza.
Ele cria conectividade e abre caminho para a gratidão e o apreço.
Os resultados mostraram que os entrevistados que tinham maior conectividade com a natureza e passavam mais tempo ao ar livre eram mais ambientalmente responsáveis, preocupados e mais felizes em seus relacionamentos interpessoais (Dutcher, Finley, Luloff, & Johnson, 2007).
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Artigo completo originalmente publicado no site Positive Psychology, livremente resumido, traduzido e adaptado por Instituto Bem do Estar.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.