A insistência do discurso social em designar um modus operandi de como a mulher deve ser e se comportar existe desde sempre e em diversas culturas. As inúmeras tentativas de colocá-la na posição de objeto escancaram, por um lado, os corpos como moeda de troca, alvo de violência e assassinatos. De outro, esse discurso vela e tampona o feminino particular de cada uma.

A tela como filtro do diálogo instaura uma relação mediada mais pelo imaginário do que pela realidade. A ausência da presença física reforça o narcisismo, o individualismo e a solidão.

O impacto da tecnologia vem sendo cada vez maior em nossa rotina diária e trouxe muitas mudanças positivas, porém, é preciso ficar atento aos malefícios que a utilização indiscriminada pode acarretar.

Estava, outro dia, conversando com amigos sobre como poderia escrever este texto. Um deles citou o conto do Mário de Andrade chamado “O Peru de Natal”, ao que respondi: “Este conto parece com o da Clarice Lispector, “Restos de Carnaval”.

Para início da discussão sobre a noção de Bem do Estar em saúde mental, proponho uma inversão da lógica dos conceitos de “saúde” e “doença”.