Ser
Quantas vezes olhamos para o espelho e não gostamos da imagem que vemos. É o nariz que é muito grande, a barriga muito saliente, o seio que é pequeno ou grande demais e por aí vai. A insatisfação e as comparações são muito frequentes e abalam nossa saúde da mente. Agora imagina você olhar seu reflexo e não se reconhecer em seu próprio corpo? Ou perceber que seu amor é proibido pela sociedade?
A jornada da descoberta é dolorosa, repleta de questionamentos, julgamentos e preconceitos internos. Para se permitir olhar para dentro e entender que o que você gosta, o que te realiza, o que te satisfaz é algo que vai contra muitas crenças e padrões sociais, é necessário muita, mas muita coragem e muito acolhimento.
A beleza do ser humano não está em sua igualdade e, sim, nas diferentes essências de cada um. Sendo essa diversidade o substrato para a nossa evolução! Seja você mesmo!
Você já se perguntou por que as pessoas LGBTQIAPN+ quase sempre tem uma diva para chamar de sua? Posso adiantar que esse é, de fato, um fenômeno social comum, que vem de fatores temporais e tem ligação com a saúde mental.
O Projeto Pajubá lançou neste mês um estudo inédito, fruto do trabalho realizado por ONGs da comunidade LGBTQIAPN+ nas cinco regiões do país, revelando uma realidade de desafios, violência, conservadorismo e pouco apoio financeiro.
DSM é a sigla para “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders”, que em português foi nomeado como Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
A LGBTQIAPN+ fobia é uma violação e pode ter consequências devastadoras para a saúde mental e emocional das pessoas LGBTQIAPN+. Ela cria um ambiente hostil e limitante, no qual esse grupo é constantemente marginalizado, humilhado e discriminado.
A liberdade sexual implica, também, acesso a informações, educação e serviços relacionados à saúde sexual e reprodutiva, para que as pessoas possam tomar decisões informadas sobre a vida sexual e cuidar da própria saúde física e mental. É um conceito que envolve respeito pelos direitos humanos, igualdade de gênero e a promoção de relações sexuais saudáveis e consensuais.
A vivência diária da LGBTI+fobia e as dificuldades de acesso aos serviços de saúde mental, especialmente durante a pandemia, foram descritas como desesperadoras para essa comunidade.
Em um mundo que há muito tempo se define por padrões binários de gênero, cresce a
conscientização sobre a diversidade e a compreensão de que a identidade de gênero não se limita a categorias estritamente masculinas ou femininas. No entanto, mesmo com os avanços na luta pelos direitos LGBTQIAPN+, pessoas intersexo, trans e não bináries continuam a enfrentar altos níveis de discriminação – o que tem um impacto significativo em sua saúde mental.
Atualmente muito se fala sobre empatia, escuta empática e para que possamos alcançar seu melhor objetivo é importante termos clareza do que esse “ser empático” significa para que não se torne um caminho de desconexão de nós mesmas, um descuido ou, eventualmente, uma nova forma de opressão.
Chegou uma notificação no celular de Laura! Ela tinha dado match com Lucas.
Desbloqueou o telefone e foi relembrar quem era ele: “ai, o moço bonito dos sonhos, praticamente um príncipe da Disney.”
Queremos gerar conhecimento aplicável sobre a saúde da mente
Alô, alô! Como está por aí? Hoje faço uma pausa nas minhas lamúrias mundanas desta página e dou um “oi” especial à minha querida e orgulhosa comunidade LGBTQIAPN+, propondo uma conversa aberta àqueles não identificados com a comunidade.