Conheça o Estresse, sua evolução e como prevenir pela psicologia cognitiva
O estresse sempre existiu, mas os estressores mudaram e, com isso, as estratégias de enfrentamento precisam ser atualizadas para serem efetivas. Antes de mais nada, é preciso entender que o estresse é uma reação do organismo com componentes físicos, psicológicos, mentais e hormonais, gerada pela necessidade de lidar com algo que ameace a estabilidade mental ou física da pessoa. Muitas vezes, nem é o evento presente o que gera o estresse, mas sim a interpretação dada, de modo que cada pessoa reage diferentemente ao mesmo estímulo.
A evolução do estresse se dá em alguns estágios até a chegar a exaustão, que são eles:
Estágio de alarme - o mecanismo natural de resposta a eventos estressantes pode ser gerado por qualquer tipo de estímulo desafiador. É a representação somática da necessidade de sobrevivência como a “chamada às armas” em defesa própria.
Estágio de resistência - sobrevivido ao impacto do desafio, o organismo busca reestabelecer a homeostase interna para manter sua sobrevivência. Muita energia é colocada, mas se o evento é eliminado ou se a pessoa se adapta à situação, as funções biológicas são reestabelecidas. Porém, as múltiplas adaptações cumulativas podem levar ao desgaste.
Estágio de quase-exaustão - se o evento estressante continuar presente, a energia exigida para lidar com ele pode não ser mais suficiente. O organismo começa a se desorganizar e o processo de adoecimento se inicia. A recuperação ao estado de saúde já não é tão completa.
Estágio de exaustão - Após um período de grande estresse, a pessoa não mais consegue se adaptar à situação, as reservas de energia se extinguem e pode ocorrer o adoecimento grave. O restabelecimento completo do organismo, sozinho, é quase impossível.
Algumas pessoas possuem além do estresse, passam por algum transtorno mental, como no caso de uma fobia social, TOC, transtorno de humor, raiva e hostilidade.
A frequência do estresse também é singular, pois algumas pessoas se estressam mais frequentemente e/ou mais intensamente do que outras. Uns passam por adversidades e conseguem se recuperar, outros não. A interpretação que se dá ao evento pode ser um dos fatores a serem considerados, além de outros fatores individuais, o contexto ambiental,os acontecimentos ao longo da vida e fatores de proteção.
O melhor tratamento do estresse é sua prevenção. E a ideia deste artigo, veio da vontade de convidar você a se prevenir.
Alguns passos podem ser usados, como:
Aprenda o que é estresse e a reconhecer os sintomas;
Tente identificar as situações que lhe fazem ficar tenso (os chamados de estressores);
Afaste os estressores e, se possível elimine;
Faça uma autoanálise e tente descobrir se mantém algumas fontes internas de estresse e que o estão prejudicando como: a síndrome da pressa, modo de pensar estressante, raiva reprimida, desejo de ter tudo sob controle, necessidade excessiva de que tudo seja justo e de ser amado por todos;
Tente mudar o seu modo de pensar ou agir que possa estar sendo nocivo;
Saiba o que é e o que causa a hipertensão;
Entenda como o estresse afeta a pressão arterial;
Conheça seu padrão respiratório, para identificar quando ele estará mudando, antes de se tornar uma falta de ar;
Aprenda a relaxar, praticando algum exercício de relaxamento todo dia;
Avalie o seu nível de atividade física e regule-o.
***
Ricardo Milito
Membro do Conselho de Administração do Instituto Bem do Estar. Psicólogo e administrador com experiência no segmento organizacional e projetos sociais. Curioso, observador e disposto a ajudar as pessoas buscarem respostas para suas questões. Acredita no potencial do ser humano.