Encontre sua infância
Rene Bernal/ Unsplash
Vamos fazer um exercício: pare por uns cinco minutos, procure lembrar-se de quando era criança, por volta dos seus cinco, seis anos de idade. Agora busque na memória o que você mais gostava de fazer, qual brinquedo mais chamava a sua atenção, com qual pessoa da sua família mais gostava de estar próximo? E na adolescência, quais vontades você teve, quais foram proibidas por seus pais, professores, familiares... Quais desejos foram impedidos de serem realizados, quais tarefas você fazia às escondidas?
Na posição de adultos, guardamos em nosso íntimo tudo aquilo que carregamos em nossas vidas desde a infância, muitas dessas lembranças armazenadas inclusive de maneira inconsciente.
“ Dessa forma, aquilo que aprendemos, assimilamos e carregamos durante todas as fases: recém nascida, infantil e adolescente, resultam por manifestarem-se na idade adulta.”
Na maioria das vezes crescemos com desejos bloqueados, vontades esquecidas, podados de criatividade e passamos a viver uma vida sem sentido, em desacordo com o que realmente se é por natureza pessoal.
A essência de cada ser humano é única e não se torna esquecida pelo simples fato de estarmos adultos. Os fatores do passado que não foram vivenciados, mas que foram armazenados no íntimo de cada um possuem a tendência de se expressarem por diversos meios. Algumas experiências na vida adulta podem estar vinculadas a algum trauma infantil. Até mesmo doenças podem existir por manifestações de um passado esquecido ou não vivenciado por completo.
Vale muito mais nos encontrarmos como seres humanos, do que nos encaixarmos nas tendências e modismos existentes na sociedade. Crescemos trazendo fatores de nosso passado, assim é necessário analisar o que é importante desenvolver e trazer para a mente presente. Destacar aspectos de sua infância podem facilitar as dificuldades existentes na vida atual, e esclarecer questões que certamente irão permitir uma vida mais completa de nós mesmos.
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Eterna estudante, no momento cursa psicanálise. Desenvolve projetos voltados para o aprimoramento pessoal e interpessoal. Comunicadora formada em relações públicas, dedica-se a entender e auxiliar as pessoas com suas dores e angústias do dia a dia, propondo terapias em grupo e atendimentos individuais.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.