#1: Mídia social
Eu, como qualquer adolescente vivendo no século 21, sou usuária de redes sociais. Adoro acompanhar meus amigos, tendências novas, celebridades, e uma série de mais mil e um tipos de conteúdo presentes nas mídias. Porém, ao crescer e começar a tomar consciência maior de mim mesma e das coisas que me prejudicam ou que me fazem bem, percebi que existe uma linha muito fina entre o Instagram, TikTok, ou o que seja, serem uma fonte de entretenimento ou uma fonte de estresse, no meu caso.
Primeiramente, é importante notar que essa resposta vai ser muito diferente para cada um de nós, e que precisamos nos basear em experiências próprias e não nos relatos dos outros quando estamos procurando o nosso limite.
Pessoalmente, comecei a entender a medida certa, para mim, quando comecei a ioga. Lembro que no fim de cada prática, subia até meu quarto, e percebia que nesses momentos, a última coisa que queria fazer era olhar para meu celular. Depois disso, fui identificando que meu humor era sempre melhor quando antes do jantar, enquanto esperávamos meu pai chegar do trabalho, deixava meu celular no quarto e ia para a sala ficar com minha mãe. A partir desses relatos, fui passo a passo percebendo em que situações as mídias me faziam bem ou mal, e assim, fui achando o meu limite.
Hoje em dia tenho minhas regrinhas; sei que só posso olhar no meu celular de manhã depois que acabei de me arrumar e desci para o café, o Instagram não pode ser a última coisa que vejo antes de dormir (para me ajudar com isso, tento sempre ter um livro em mão), e durante a academia, só posso olhar o celular para trocar de música. Podem perceber que essas ‘regrinhas’ são bem específicas, e com isso repito que são apenas exemplos do que funciona para MIM!
Fora definir os melhores horários para frequentar as mídias, o que foi mais importante para deixá-las não-tóxicas foi controlar o conteúdo que visualizava. Quando comecei essa missão, rapidamente parei de seguir mais de 600 pessoas no Instagram. A minha seleção foi baseada com quais contas eu me comparava. Também precisei me lembrar muitas vezes de que o que vemos nas mídias é apenas 0,0001% da vida real, e que realmente tudo que vemos pode ser falso.
No começo esse critério pareceu ser duro, mas quando fui ver, a remoção de pessoas que faziam eu me contrariar ou me ver como inferior fez uma mudança inacreditável na minha vida. De repente, o mundo se tornou muito maior do que as contas que acompanhava na telinha, e milhares de portas se abriram para mim. Sabe quando alguém nos pergunta quais são nossos hobbies e a única coisa que se passa por nossa mente é a gente deitada no sofá olhando vídeos no YouTube? Então, com esse esforço, finalmente consegui responder essas perguntas sem ter que passar 5 minutos pensando em uma resposta que não fosse fazer com que minha vida parecesse uma droga!! Ótimo, não??
Mas pondo as piadas ao lado, não consigo enfatizar a tamanha diferença que essa conscientização fez na minha vida e saúde mental. Encorajo todos vocês a fazerem o mesmo. Pode ser aos poucos! Comece a perceber quais horas as mídias são mais divertidas para você, ou quais pessoas você olha e pensa ‘nossa como ela é mais bonita que eu’, e outras coisas do tipo. Sei que já ouviram o famoso ditado de que a comparação é o ladrão da felicidade, mas eu realmente vivo por ele, e acredito com tudo que sou, que no momento em que nós passamos a olhar mais para dentro e menos para o que a “Bruna Marquezine” está fazendo nas férias, a nossa vida muda.
Até a próxima,
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Maria
Tenho dezesseis anos, sou pisciana, pratico a ioga, vou bem na escola, tenho vários amigos... Estou esquecendo de algo? Ah, sim; luto com a saúde mental.
Minha relação com saúde mental começou logo cedo aos 8 anos. Agora, oito anos depois posso dizer, com confiança, que a terapia salvou minha vida. Foi através dela que consegui fazer amigos, me permitir acordar tarde, ir em viagens de escola, e em primeiro lugar, foi através dela que eu me descobri.
Encontrei o Instituto Bem do Estar com a Manu, uma das minhas amigas mais próximas que divide muitas questões parecidas com as minhas, e cá estamos nós, com nossa coluna para alcançar adolescentes parecidos com a gente através dessa instituição tão bacana e especial!
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.