As dores físicas e a relação com as dores emocionais
As dores emocionais como estresse, ansiedade, tristezas, traumas, dentre outras, podem provocar sintomas físicos. Ocorrem muitas situações em que, por negligência, nosso estado emocional pode influenciar em nosso estado físico. O corpo começa a dar sinais que precisamos cuidar da saúde de mente
A maioria de nós, normalmente, só procura ajuda profissional quando o corpo começa a dar estes sinais. Antes tarde do que nunca, certo? É justamente aí que entra a Psicoterapia. A importância de um profissional para auxiliar na prevenção destes sinais.
Através do autocuidado é possível evitar sequelas que podem se instalar no curto, médio e longo prazo, ou até mesmo tornarem-se sequelas emocionais permanentes.
E quando acontece o contrário? Dores físicas podem influenciar muito nossa saúde da mente, podem paralisar e estagnar. Uma simples dor de cabeça não cuidada pode se tornar crônica, uma dor crônica na coluna, ou qualquer outra dor constante pode nos impedir de trabalhar e até mesmo de realizar tarefas simples do dia a dia. Isso também pode somatizar e causar dores emocionais e psicológicas.
Alguém que teve uma vida independente de repente quebra o pé, ou tem uma queda de bicicleta. A primeira pergunta que vem à mente seria querer saber o tempo da recuperação, com o tempo em geral para as coisas se resolverem. Essa situação pode gerar na pessoa uma sensação tão grande de impotência, que influencia nas emoções. Pode ocorrer depressão, transtorno do pânico, tensão emocional elevada, como consequência desta situação. O pior é quando se necessita de cirurgia. É extremamente necessário cuidar da saúde da mente nesse caso também.
De certa forma somos condicionados a sermos independentes e as dores físicas acabam por nos tornar dependentes, tanto dos outros, quanto da dor (se irá melhorar ou não). Neste momento o humor pode se alterar, pois a dor paralisa. A dependência incomoda. Até onde isso pode afetar nosso bem estar e das pessoas que nos cercam?
O que isso gera e somatiza em nosso emocional? Paramos para pensar e enxergar nosso estado mental quando temos algum tipo de dor crônica?
Os remédios amenizam as dores por algum período. Mas e o humor quando passa o efeito da medicação? Entendemos que a dor e os sentimentos causados por esta dor são de nossa responsabilidade. Dores físicas podem paralisar e afetam diretamente o emocional.
Como lidar com as emoções e sentimentos diante de uma dor que nos paralisa? Como viver refém de tais dores? Gera ansiedade, mal estar, frustração, desespero, e nos sentimos impotentes perante tudo isso.
Necessitamos muitas vezes do autoconhecimento para encarar certas situações. Este pode ser adquirido com auxílio de um profissional capacitado, para nos ajudar a superar com mais sensatez e tranquilidade. Não estamos imunes ao que ocorre ao nosso redor, mas podemos recondicionar muitos hábitos a que fomos condicionados.
Um profissional auxilia a atravessar estes períodos com mais sabedoria. Podemos ressignificar, elaborar as situações. Como cuidar de alguém sem antes cuidar de nós mesmos?
Pedir ajuda não é vergonha, mas sinal de coragem e humildade, reconhecendo que nem sempre damos conta de tudo sozinhos.
Dor dividida é dor diminuída.
***
Camila Jacob
Graduada em psicologia pela PUC Campinas, há 16 anos. Especialista em Treinamento em Psicoterapia Breve Psicanalítica, pela Unicamp. Atuou por 10 anos, como Matriciadora de Saúde Mental na Rede Pública. E trabalha com Psicoterapia, há 16 anos, em consultório próprio.
Nosso desejo sexual pode variar ao longo da vida e isso não é um problema. Dependendo da nossa rotina, da nossa saúde física e mental, da nossa idade, da nossa sensação de bem-estar, dentre outros fatores, podemos estar com maior ou menor libido, sem necessariamente ter algo de errado. Mas quando essas alterações se tornam persistentes e prejudicam a vida da pessoa, algo deve ser feito para reequilíbrio do organismo.