Cartas de Setembro por Solange
Quando meu filho de 19 anos partiu pelo suicídio, minha vida desmoronou, minha e de minha família. A dor, a culpa, a saudades, se tornaram um abismo, uma cratera que se abriu no peito, e difícil de sanar, os "porquês" e "se" eu tivesse feito tal coisa ou outra, poderia ter evitado esse ato muitas vezes impensado. Mas o que ficou são perguntas sem respostas.
A dor da perda pelo suicídio é uma dor difícil de conviver mas extremamente necessária essa busca e luta pela vida, com resiliência, transformando a dor em amor.
Suicídio é um assunto delicado, mas de suma importância falar, conversar, abertamente com seus pais, familiares, amigos, pois existem profissionais capacitados a acolher e lhe ajudar a transpor esse sofrimento que pode ser temporário, hora outra vai passar e a depressão é uma realidade e tem cura.
A vida pede movimento, algo bom e especial que transforme aquilo que existe de verdadeiro dentro de nós.
Meu filho deixou seu amor dentro de mim, e sinto que ele se propaga para que outros jovens percebam o quanto são importantes, o quanto são especiais, únicos e maravilhosos.
Acredite em você, acredite na vida, ela pode sim, ser cheia de bons momentos, de alegrias, felicidades e isso tudo já existe dentro de você, aos poucos você irá descobrir! Então viva e sinta a vida que existe em você!
Ao informar-se, você pode aprender a observar as situações que colocam as crianças em maior risco de suicídio - e o que as protege com mais eficácia.