Enfim sós!
Será que este momento é resultado de uma situação forçada? Forçada pelo universo, pelo meio ambiente, forçada pela conseqüência de viver uma vida tão superficial.
Quando soube da pandemia, eu não acreditei que chegaria ao Brasil, pensei: Imagina... Algo que acontece na China, Wuhan, como é que pode me afetar? Talvez até chegue ao Brasil, mas vai demorar... Já terão descoberto vacinas e/ou medicamentos suficientes para a cura deste vírus.
Estava enganada. Até hoje, o máximo que se conseguiu foi tentar estabilizar a sua disseminação.
E o que fazemos então? Devemos ouvir as recomendações de quem, dos governantes que nem mesmo se entendem? De médicos, biólogos, virologistas? Talvez esta última seja a opção mais sensata, e sendo assim, #ficaemcasa.
Muitas pessoas terão a imensa vantagem de trabalhar em homeoffice, e considerando que pelo menos 2 horas do dia serão economizadas, pois não terão que se deslocar até o seu trabalho, por exemplo, tem-se assim mais tempo para qualquer atividade que se faça dentro de suas casas.
Logo, para alguns, possivelmente começam a existir vários questionamentos. Podemos ser instigados a perguntas profundas muitas vezes relacionadas à nossa existência, somos forçados a pensar em nós mesmos: Quem somos nós? O que fazemos atualmente nos realiza, se não o que podemos mudar? Existe alguma profissão que nos inspire? Qual o nível de dedicação conosco? O que nos aflige? A nossa vida está preenchida do que realmente queremos, ou estamos cumprindo regras as quais sequer sabemos da onde vem?
A cabeça pode ir longe, sem restrições ou censuras...
Podemos resumir que a vida terá duas divisões: antes e depois da pandemia; Um antes em que a vida era um looping de acontecimentos, no automático; Um depois em que a podemos enfatizar a importância do que realmente vale nesta vida.
Hoje o tempo passa a ser valioso para o encontro com você mesmo. Não tem balada, não tem festa, não tem bar... Agora tem você, e no máximo a sua família.
Sim, a vida é cheia de questões que não paramos para pensar e que muitas vezes não terão respostas, é neste momento, mesmo que forçadamente, iremos dar voz a nós mesmos. Vocês têm dúvida de que sairemos muito mais fortes, compreensivos e humanos desta transição?
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Eterna estudante, no momento cursa psicanálise. Desenvolve projetos voltados para o aprimoramento pessoal e interpessoal. Comunicadora formada em relações públicas, dedica-se a entender e auxiliar as pessoas com suas dores e angústias do dia a dia, propondo terapias em grupo e atendimentos individuais.