Encontrando a essência sem ausência

Bem-vindo 2021! 

2020 não foi um ano fácil. Fomos obrigados a nos isolar em casa, sem contato físico com amigos, familiares e até colegas de trabalho. Tivemos que nos adaptar a uma nova realidade, que não sabemos até quando irá, ou se voltará a ser o que era antes. Mas, além do caos, 2020 trouxe diversas reflexões - ou oportunidades para refletir e repensar valores - como a fragilidade da vida. Quantas pessoas saudáveis, sem problemas prévios, se foram em um piscar de olhos,  por causa de um vírus desconhecido e intrigante. Deparamo-nos com um tema complicado e dolorido, mas importante para refletir: a morte.

Foto: Ghenadie Cebanu / Unsplash

Foto: Ghenadie Cebanu / Unsplash

Pensar na morte implica pensar na vida

A única certeza que temos ao nascer é que uma hora vamos morrer, mas, infelizmente, muitos esquecem que entre esses dois momentos existe uma vida, que precisa ser vivida da maneira mais plena possível.

Em uma sociedade egocêntrica e em falência emocional, muitas pessoas acham que são eternas. Vivem de maneira irresponsável, egoísta, sem o compromisso com a verdade e com o que é bom, distantes da própria essência. Acreditam que se não olharem para os problemas da vida, como relacionamentos tóxicos e insatisfação e problemas com o trabalho, eles não existem. Infelizmente, a conta gerada por essa ingenuidade é cara, principalmente, para a saúde da mente.

Viver com máscaras - e não estamos falando das máscaras que nos protegem do COVID-19 - só prejudica a saúde mental. Nas redes sociais, vemos uma enxurrada de máscaras que esbanjam felicidade, perfeição, diversão, mas, quando caem, ali no chão do quarto fechado, revelam a tristeza, a insatisfação e o desespero. Ao ignorar sentimentos e emoções e, consequentemente, não aprender a lidar com eles e descobrir a verdadeira essência, a pessoa acaba ficando ausente da própria vida e, assim, cultivando a morte. 

No incrível livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, a médica especialista em Cuidados Paliativos, Ana Claudia Quintana Arantes, traz uma reflexão sobre os seres humanos e a relação com a morte. Ela chama atenção para um detalhe: “o ser humano é a única espécie na Terra que é definida por um verbo”. Como ela mesma diz, vaca é vaca, boi é boi, mas só nós somos chamados de “ser humano”. Entretanto, só nos tornamos humanos à medida que aprendemos a SER humanos.

A maior parte dos animais pensantes e conscientes de nossa espécie se comporta de maneira instintiva e cruel, não se aprofundando em seus pensamentos, sentimentos e atitudes.
— Ana Claudia Quintana Arantes

Muitas pessoas quando pensam na morte imaginam que é necessário fazer algo para realmente valer a pena essa vida. Entretanto, isso só nos prejudica, pois “vamos nos distanciando do “ser” pelo caminho do “fazer” e do “ter”. 

A ideia de “ser” humano é simplesmente existir e fazer diferença no lugar onde estamos, por ser quem somos. As pessoas que se ausentaram da própria vida serão apenas “ausências” no tempo de morrer. Porque muita gente é assim na vida, um ausente quase que constante. E quando está presente, sente que esse tempo está vazio.
— Ana Claudia Quintana Arantes

O que fazer para encontrar sua essência?

Para conquistar uma conexão plena consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo é necessário ESTAR PRESENTE. Vivenciar o momento presente para cultivar boas relações, praticar o autocuidado e, assim, se conhecer melhor e se reconectar com sua essência. 

Viver de maneira plena é estar com pensamentos, sentimentos, ações e corpo, unidos, em um só tempo e local, o PRESENTE.


E é exatamente isso, que nós queremos desafiar em sua jornada. Ajudar você a praticar momentos de plenitude, aproveitar cada vez mais o presente e, assim, cuidar bem do seu estar

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